CORPO, GÊNERO E SEXUALIDADE: INVESTIGAÇÃO NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE UM CURSO NORMAL DE NÍVEL MÉDIO
Résumé
Esta investigação teve como objetivo compreender as concepções dos estudantes do Curso Normal sobre as temáticas de corpo, gênero e sexualidade, desconstruindo os estereótipos sociais. Através de pesquisa de campo, inicialmente os sujeitos responderam um questionário, posteriormente houve uma intervenção com vídeo e apresentação de slides com exposição de reflexões a partir de referencial teórico, bem como uso de histórias em quadrinhos, “tirinhas”, imagens para a desconstrução de estereótipos, em seguida a partir da apresentação os estudantes puderam alterar suas respostas, demarcando os novos conhecimentos. As análises dos resultados foram realizadas por meio de categorias temáticas definidas a priori: concepção de corpo; concepção de sexo e sexualidade; concepção de gênero; importância do estudo das temáticas; participação em atividades referentes à sexualidade e gênero. Sendo assim, é importante que estas temáticas estejam presentes no contexto da formação inicial, dialogando sobre assuntos que ainda hoje são considerados tabus sociais.
Références
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
BARRETO, A. V. B. A luta encarnada: corpo, poder e resistência nas obras de Foucault e Reich. 2007. 245 f. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2007.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, 20 de dezembro de 1996.
____. Constituição Federal: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em 02 Nov. 2019.
____. Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 5ª ano): orientação Sexual. Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, MEC/SEF, 1997.
____, MEC, Base Nacional Comum Curricular. BNCC, versão aprovada pelo CNE, novembro de 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 01 ago. 2019.
CARVALHO, M. P. O conceito de gênero: uma leitura com basenos trabalhos do GT Sociologia da Educação da ANPEd (1999-2009). Revista brasileira de Educação, v. 16, n. 46, p. 99-117, 2011.
COLLING, A. M.; TEDESCHI, L. A. Dicionário crítico de gênero. Dourados: Ed. Universidade Federal da Grande Dourados, 2019.
CRUZ, E. F. Banheiros, travestis, relações de gênero e diferenças no cotidiano da escola. Revista Psicologia Política. São Paulo, v. 11, n. 21, p. 73-90, jun. 2011.
DAHLBERG, L. L., KRUG, E. G. Violência: um problema global de saúde pública. Relatório Mundial sobre Violência e Saúde. OMS, Organização Mundial de Saúde. Genebra: OMS; 2002. Version of the Introduction to the World Report on Violence and Health (WHO): Geneve: WHO, 2002, authorized by the authors.
DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995.
EGYPTO, A. C. Orientação Sexual na Escola: um projeto apaixonante: o projeto de orientação na escola. São Paulo: EPU, 1981.
FAST, J. A linguagem do corpo. Rio de Janeiro: Edições, 1970.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
FRAZÃO, L. M.; ROCHA, S. L. Gestalt e gênero: configurações do masculino e feminino na contemporaneidade. São Paulo: Livro Pleno. 2005
FREUD, S. Sexuality and the psychology of love. Cambridge, Touchstone Books, 1997.
GOELLNER, S. A educação dos corpos, dos gêneros e das sexualidades e o reconhecimento da diversidade. Cadernos de Formação RBCE, março de 2010.
GURGEL, T. O despertar da sexualidade. Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/433/o-despertar-da-sexualidade. Acesso em 02.nov.2019.
LOURO, G. L. Nas redes do conceito de gênero. In: LOPES, M. (Org.). Gênero e saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
LOURO, G. L. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
LUDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MACEDO, E. Esse corpo das Ciências é meu? in: MARANDINO, M.; SELLES, S. E.; FERREIRA, M. S. F.; AMORIN, A. C. (org.). Ensino de Biologia: conhecimentos e valores em disputa. Niterói: Eduff, 2005.
NETO, L. M.; MARUJO, H.; PERLOIRO, M. Educar para o Optimismo. 5 ed. Lisboa: Editorial Presença, 2001.
PEREIRA, M. E.; MODESTO, J. G.; MATOS, M. D. "Toward a new definition of stereotypes: empirical test of the model in a first experimental scenario/Em direção a uma nova definição de estereotipos: teste empírico do modelo num primeiro cenário experimental." Psicologia e Saber Social, vol. 1, n. 2, p. 201-220, dez., 2012.
PRIBERAM, Dicionário. Definições. Disponível em https://dicionario.priberam.org/viol%C3%AAncia. Acesso em: 25 set. 2019.
RIBEIRO, V. M. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade, Campinas, v. 20, n. 68, p. 184-201, dez., 1999.
ROGERS, C. Tornar-se pessoa. 5. ed. São Paulo: Martins, 2001.
SILVA, L. C. Violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes: uma prática educativa com profissionais da educação. 2006. 88 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2006.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & realidade, v. 20, n. 2, p. 72-99, 1995.
TRIVELATO, S. L. F. Que corpo/ser humano habita nossas escolas? in: MARANDINO, M.; SELLES, S. E.; FERREIRA, M. S. F.; AMORIN, A. C. (org.). Ensino de Biologia: conhecimentos e valores em disputa. Niterói: Eduff, 2005.
TUCHERMAN, I. Breve história do corpo e de seus monstros. Lisboa: Revista Veja, 2004.
WEEKS, J. Invented moralities: sexual values in an age of uncertainty. Nova York: Columbia University Press, 1995.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).