A RÉGUA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SUSTENTÁVEL (RDTS) PARA O ARQUIPÉLAGO DO BAILIQUE E SUAS IMPLICAÇÕES NA COOPERATIVA AMAZONBAI
Résumé
Este artigo tem como objetivo analisar as dimensões da régua de desenvolvimento territorial sustentável (RDTS) para o Bailique e suas implicações na cooperativa Amazonbai. A metodologia pautou-se em um estudo de caso e levantamento documental, relatórios e demais documentos produzidos pela Amazonbai, ACTB e Terróa nos anos de 2018 e 2019 (Régua de Desenvolvimento Territorial Sustentável, relatório técnicos e diagnósticos socioambientais). Os resultados mostram que a Associação dos Comunitários Agroextrativistas do Bailique (ACTB) é a organização responsável pela manutenção da articulação comunitária resultante do processo, com apoio administrativo e financeiro da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA), em que os principais eixos de discussão são referentes à cadeia produtiva do açaí. Portanto, a relação entre a própria ACTB e a Amazonbai, é uma atividade de engajamento e reengajamento com as comunidades, visando aumentar a adesão a ambos e, por conseguinte, a legitimidade de uso sustentável no território.
Références
ABRAMOVAY, R. O futuro das regiões rurais. Rio de Janeiro: Editora UFRGS, 2003.
BECKER, B. Amazônia: geopolítica na virada do III milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
CAPRA, F. Falando a linguagem da natureza: Princípios da sustentabilidade, In: ____ a educação das crianças para um mundo sustentável. Organização STONE, M. K.; BARLOW, Z. São Paulo: Cultrix, 2006. p. 46-57.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2006.
CEI, I. L.F., 2010. Condições sanitárias dos resíduos sólidos no Amapá e política adotada pelo ministério público do estado. In: Simonian, L.T.L. (org.). Políticas públicas, desenvolvimento, unidades de conservação e outras questões socioambientais no Amapá, Belém-PA, Brasil: NAEA-UFPA/MPEAP, p. 443-483.
CAVALCANTI, C. Política de governo para o desenvolvimento sustentável. In: CAVALCANTI, C. (org). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. Editora: Cortez, 2001, p. 21-40.
DENARDI, R. A. Agricultura familiar e políticas públicas: alguns dilemas e desafios para o desenvolvimento rural sustentável. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n.3, 2001.
DIEGUES, A. C. Conhecimentos, práticas tradicionais e a etnoconservação da natureza. Desenvolvimento e meio ambiente, v. 50, 2019.
FLICK, U. Introdução a pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
FERNANDES, M.; GUERRA, L. (org). Contra-discurso do desenvolvimento sustentável. Belém: Editora: UNAMAZ, 2006, 253 p.
FERNANDES, M. Desenvolvimento sustentável: antinomias de um conceito. In: FERNANDES, M.; GUERRA, L. (org). Contra-discurso do desenvolvimento sustentável. Editora: UNAMAZ, Belém, 2006. 129-162 p.
FAVARETO, A. Paradigmas do desenvolvimento rural em questão. São Paulo: Iglu: FAPESP, 2007, 220 p.
GORAYEB, A.; LOMBARDO, M. A.; PEREIRA, L. C. C. Aspectos Sociais e Condições Ambientais da Bacia Hidrográfica do Rio Caeté Amazônia Oriental-Brasil. Revista de Gestão Costeira Integrada, n. 9, v. 2, p. 59-70, 2009.
GUIMARÃES, D. O.; PEREIRA, L.C.C. e COSTA, R. M. Aspectos Socioeconômicos e Ambientais das Comunidades Rurais da Bacia Hidrográfica do Rio Caeté (Pará-Brasil). Revista de Gestão costeira Integrada, 9, 71-84, 2009a.
GUIMARÃES, D.O., PEREIRA, L.C.C., MONTEIRO, M., GORAYEB, A.; COSTA, R.M. Effects of the urban influence on the Cereja River and Caeté Estuary (Amazon littoral, Brazil). Journal of Coastal Research, n. 9, v. 2, p.1219-1223, 2009b.
GONÇALVES, C. W. P. Amazônia, Amazônias. 1ª edição: São Paulo, 2005, 48p.
JONES, C. Introdução a teoria do crescimento econômico. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2000, p.125.
LEFF, E. Discursos sustentáveis. São Paulo: Cortez, 2010.
LEFF, E. Educação ambiental e desenvolvimento sustentável, In. REIGOTA, M. (Org.). Verde cotidiano: o meio ambiente em discussão. DP&A, 1999, p. 115-132.
HARDIN, G.Tragédia dos comuns. Revista science, v. 162, n. 3859, p. 1243-1248, 1968.
LAYRARGUES, P. P. Educação para a gestão ambiental: a cidadania no enfrentamento político dos conflitos socioambientais, In. LOUREIRO, C. F. B.; LAYARGUES, P. P.; CASTRO, R. S. Sociedade e meio ambiente: a educação ambiental em debate. Cortez, 2012, p. 89-156.
LOUREIRO, C. F. B. Sustentabilidade e educação: um olhar da ecologia política. São Paulo: Cortez, 2012.
MORIN, E. Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002.
MILANI, C. Teorias do Capital Social e Desenvolvimento Local: lições a partir da experiência de Pintadas (Bahia, Brasil). In: Capital social, participação política e desenvolvimento local: atores da sociedade civil e políticas de desenvolvimento local na Bahia. Escola de Administração da UFBA (NPGA/NEPOL/PDGS). 2005. Cap.4, p. 175-198.
MARTINS, S. R. O. Desenvolvimento Local: questões conceituais e metodológicas. Revista Internacional de Desenvolvimento Local. v. 3, N. 5, p. 51-59, 2002.
OLIVEIRA, M. M. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: vozes, 2010.
PEREIRA, L.C.C., GUIMARÃES, D.O., COSTA, R.M.; SOUZA FILHO, P.W.M. Use and Occupation in Bragança Littoral, Brazilian Amazon. Journal of Coastal Research, (SI) 50, 1116-1120, 2007.
PEREIRA, L.C.C., MONTEIRO, M. C.; GUIMARÃES, D.O., MATOS, J.B.; COSTA, R.M. Seasonal effects of wasterwater to the water quality of the Caeté river estuary, Brazilian Amazon. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 82, p. 467-478, 2010.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 2010.
RIBEIRO, M. Pedagogia da alternância na educação rural/do campo: projetos em disputa. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Educação e Pesquisa, São Paulo, v.34, n.1, p. 27-45, 2008.
SILVA, I. R., PEREIRA, L. C. C., TRINDADE, W. N., MAGALHÃES, A., COSTA, R. M. Natural and anthropogenic processes on the recreational activities in urban Amazon beaches. Ocean & Coastal Management, n. 76, p. 75-84, 2013.
SILVA, N.I.S., PEREIRA, L.C.C., GORAYEB, A., Vila-Concejo, A., SOUSA, R.C., ASP, N.E.; COSTA, R.M. Natural and social conditions of Princesa, a macrotidal sandy beach on the Amazon Coast of Brazil. Journal of Coastal Research, n. 64, p. 1979 – 1983, 2011.
SIMONIAN, L.T.L., SILVA, J.B., ANDRADE, R.F.; ALMEIDA, A.C.P.C. Floresta nacional do Amapá: um histórico breve, políticas públicas e (in) sustentabilidade. In: SIMONIAN, L.T.L. (org.). Políticas públicas, desenvolvimento, unidades de conservação e outras questões socioambientais no Amapá, Belém-PA, Brasil: NAEA-UFPA/MPEAP, p. 115-180, 2010.
SORRENTINO, M. Educação ambiental como política pública. Educação e Pesquisa, v. 2, n. 31, p. 285-299, 2005.
SACHS, I. Desenvolvimento: includentes, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
SACHS, I. Ecodesenvolvimento, crescer sem destruir. Tradução de Eneida Cidade Araújo. São Paulo: Vértice, 1986.
SOUSA, N. J. Desenvolvimento econômico. 5ª edição. São Paulo: atlas, 2007.
SILVA, J. B. Populações tradicionais sul-amapaenses de unidades de conservação: valores, condutas e o papel da pedagogia da alternância. In: SIMONIAN, Lígia T. L. (org.). Políticas públicas, desenvolvimento, unidades de conservação e outras questões socioambientais no Amapá. Belém: NAEA-UFPA; MPEAP, 2010.
SIMÕES, J.; MACEDO, M. BABO, P. Elinor Ostrom: “Governar os Comuns”. Universidade do Porto, 2011.
TEIXEIRA, E. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. Petrópolis/RJ: vozes, 2008.
VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.
YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2010.
ZAPATA, T. Desenvolvimento territorial à distância. Florianópolis: SEad/UFSC, 2007.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).