A LEI E A (DES)ORDEM EM CHÃO DAS CARABINAS, DE MOURA LIMA

  • Roseli Bodnar Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Resumen

O presente artigo objetiva tecer algumas reflexões sobre a lei e a (des)ordem representadas no romance Chão das carabinas – coronéis, peões e boiadas (2002), de Moura Lima, escritor e advogado gurupiense. Diante disso, problematizam-se no estudo as aproximações entre Direito e Literatura, buscando-se analisar se há a presença de aspectos jurídicos e se esses podem ser observados pela ótica jurídica. O escritor tece uma narrativa em que o sertanejo tem seu destino marcado ao se deparar com o poder oligárquico de coronéis e a escalada de violência, em que as leis são medidas e aplicadas por aqueles que detêm o poder político e financeiro na Vila do Peixe. Busca-se aproximar intertextualmente o romance Chão das carabinas da obra fílmica Abril despedaçado, do cineasta brasileiro Walter Salles, adaptada para o cinema brasileiro e baseada no romance Prilli i Thyer, de Ismail Kadare. Para concluir, notou-se que a narrativa de Moura Lima é marcada por uma intrínseca relação de poder entre os coronéis (e também demais autoridades) e o povo simples da Vila do Peixe, em que disputas políticas, econômicas e os conflitos armados são motivados por disputas pelo poder e pela terra.

Biografía del autor/a

Roseli Bodnar, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

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Publicado
2022-02-16