EXERCÍCIOS DE OLHAR E PENSAR ACESSÍVEL EM OFICINAS CRIATIVAS DE AUDIOVISUAL COM AUDIODESCRIÇÃO

Resumen

Propor processos formativos com ênfase na acessibilidade cultural e comunicacional é uma premissa que precisa ser estimulada, considerando a perspectiva da inclusão. Pensando nessa interface e levando em conta o conceito de objeto de aprendizagem, abordamos, nesse artigo, uma iniciativa proposta por um coletivo de audiovisual da cidade de Natal/RN, intitulada "Projeto Urbanocine 2020", realizada com uma turma de jovens com faixa etária entre 14 e 21 anos do estado do Rio Grande do Norte, de escolas públicas e privadas, em formato remoto, orientando-se pela democratização do acesso de pessoas com deficiência visual a conteúdos audiovisuais, por meio da audiodescrição. A iniciativa foi delineada com a estratégia metodológica centrada na realização de oficinas intermediadas por videoaulas, considerando encontros síncronos e assíncronos. O foco das oficinas centrou-se na apresentação de conteúdos sistematizados e na experimentação prática, a partir da proposição de exercícios de criação audiovisual, pensados de forma acessível, ou seja, com o recurso de audiodescrição. A análise dessa experiência evidenciou a ampliação do entendimento do conceito de objeto de aprendizagem na perspectiva da acessibilidade comunicacional e cultural, deflagrando, nos alunos, a expansão das relações dialógicas e dos princípios alteritários, tendo como parâmetro os eixos da vidência e da não vidência.

Biografía del autor/a

Mayara Bezerra Jerônimo da Silva Barreto, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestranda em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação Especial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Publicado
2021-06-23