PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE PROFESSORAS DE MATEMÁTICA: UM ATO DOMÉSTICO OU DE EMANCIPAÇÃO?

Resumen

Este artigo objetiva apresentar um recorte da pesquisa que se encontra em andamento, que investiga os olhares das professoras que ensinam Matemática, suas trajetórias, percursos identitários, formativos e pedagógicos e o desenvolvimento profissional dos professores do Norte Goiano no período de 1980 a 2000. A pesquisa que será desenvolvida por meio de abordagem qualitativa na perspectiva da pesquisa narrativa. Utilizando-se de entrevistas narrativas, as rodas de conversas narrativas e recursos audiovisuais como instrumentos de coletas de dados. O recorte de gênero, faz parte de suas histórias de vida dessas professoras, desta região com baixos índices de desenvolvimento humano, carente de políticas públicas educacionais e de infraestrutura. O conjunto de informantes da pesquisa compõe-se exclusivamente por mulheres, sendo a maioria de classe e raça não hegemônicas, o que recai uma análise sobre os marcadores de gênero em uma perspectiva assimétrica em que o magistério aponta como uma possibilidade de libertar-se do privado para uma perspectiva para o público, tornando o exercício da docência ainda atrelado ao doméstico, religioso e pouco emancipador de sujeitos.

 

Biografía del autor/a

William Vieira de oliveira, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Mestrando no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGecim/UFT). Professor de Matemática da Educação Básica do Estado do Tocantins e do município de Palmas/TO. 

Elisângela Aparecida Pereira de Melo, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutora em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora do Curso de Licenciatura em Matemática e do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal do Tocantins (UFT). 

Citas

CLANDININ. D.Jean, CONNELLY. F.Michael. Narrative Inquiry: experience and story in qualitative research. [Pesquisa Narrativa: experiências e história na pesquisa qualitativa, trans. Grupo de Pesquisa Narrativa e Educação de Professores ILEEU/UFU]. Uberlândia: EDUFU; 2011.

FIORENTINI, D. et al. O professor que ensina matemática como campo de estudo: concepção do projeto de pesquisa. In: FIORENTINI, D.; PASSOS, C. L. B.; LIMA, R. C. R. (Org.). Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre o professor que ensina matemática: período 2001 - 2012. Campinas, SP: FE/UNICAMP, 2016. p. 17 - 42. E-Book. ISBN 978-85-7713-198-3. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/omp/index.php/ebooks/catalog/book/39. Acesso em: 22 de abril. 2020.

GONÇALVES, Terezinha Valin Oliver. Estudos Memorialísticos e Narrativos: 10 anos de pesquisas sobre a formação de professores de Ciências no Grupo de Estudos e Pesquisas (Trans)Formação. Exitus. Volume 01. Número 01. p. 71-80. Jul./Dez. 2011. Disponível em http://ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/207/194 Acesso dia 12/06/2020.

GONÇALVES, Terezinha Valim Oliver. NARDI, Roberto. Aspectos epistemológicos da Pesquisa Narrativa presentes em teses e dissertações sobre formação de professores na área de Educação em Ciências e Matemáticas, no período de 2000 a 2012. Atas CIAIQ2016. Investigação Qualitativa em Educação//Investigación Cualitativa em Educación//Volume1. 2016 Disponível em https://proceedings.ciaiq.org/index.php/ciaiq2016/article/view/704. Acesso dia 12/06/2020.

HOOKS, Bell. Eros, erotismo e processo pedagógico. In: LOURO, Guacira Lopes (Orgs.) O corpo educado. Belo Horizonte MG: Ed. Autêntica, 1999.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para mudança e a incerteza. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção Questões da Nossa Época; v. 14).

JOSSO, C. Experiências de vida e formação. 2. ed. Natal. Rio Grande do Norte. Editora Paulus. Editora da UFRN. 2010.

LOURO, Guacira Lopes. Currículo, gênero e sexualidade. Porto Editora, 2000.

MORAES, R.; DO CARMO GALIAZZI, M. Análise Textual Discursiva: Processo Reconstrutivo de Múltiplas Faces. Discursive textual analysis: a multiple face recontructive process. [s.l: s.n.]. Ciência & Educação, v. 12, n. 1, p. 117-128, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132006000100009 . https://doi.org/10.1590/S1516-73132006000100009. Acesso dia 12/08/2020.

MORAES, Roque. GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise textual discursiva. 2 ed. Rio Grande do Sul. Editora Unijuí, 2011.

MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação: Bauru, SP, v. 9, n. 2, p. 191-210, 2003.

MOSÉ, Viviane. A escola e os desafios contemporâneos. São Paulo: Civilização Brasileira, 2014.

PEROSA. Graziele Serroni. A aprendizagem das diferenças sociais: classe, gênero e corpo em uma escola para meninas. Cadernos Pagu. Campinas: UNICAMP, n. 26. jan./jun.2006.

PONTE, J. P. Da formação ao desenvolvimento profissional. Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/docs-pt/98-Ponte(Profmat).doc> Acesso em 20/07/2020.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 15ª ed. Petrópolis, R.J. Editora Vozes, 2013.

Publicado
2022-02-14