HAITIANOS NO BRASIL: A IMIGRAÇÃO COMO SENTIMENTO DE UMA DÍVIDA ETERNA DOS BRASILEIROS

Palavras-chave: Imigração-Ética. Haiti-Brasil. Economia. Realismo Subalterno. Migração Climática.

Resumo

O objetivo do trabalho foi investigar a inserção dos imigrantes haitianos na cidade do Rio de Janeiro - Brasil até 2019. Utilizou-se uma pesquisa qualitativa, de metodologia da análise de conteúdo através de um questionário composto por nove perguntas respondidas pelos haitianos na cidade do Rio de Janeiro, e seis entrevistas gravadas com 27 participantes, que foram analisadas com base na teoria do realismo subalterno, que questiona a distribuição de riqueza das instituições, das potências internacionais e das organizações que deveriam contribuir para reduzir consideravelmente a imigração forçada. Concluiu-se que, apesar da maioria dos participantes afirmarem que buscaram o Brasil por conta de emprego, os haitianos imigraram para o Brasil por acreditarem que o país possui uma dívida com eles por ter falhado na missão de paz no Haiti, entre 2004 e 2017, o que lhes dá sensação de não serem deportados. Outro motivo é semelhança do clima e cultura entre os países.

Biografia do Autor

Ethol Exime, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

Doutorando e Mestre em Desenvolvimento Rural Sustentável pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Pesquisador CNPq, Grupo Internacional de Pesquisa Brasil × Índia (BIRG). Pesquisador do Grupo Interdisciplinar e Interinstitucional de Pesquisa e Extensão em Desenvolvimento Sustentável (GIIPEDES/Unioeste). 

Aline Costa Gonzalez, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

Doutoranda em Desenvolvimento Rural Sustentável e Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Pesquisadora no Grupo Interdisciplinar e Interinstitucional de Pesquisa e Extensão em Desenvolvimento Sustentável (GIIPEDES/Unioeste). 

Alvori Ahlert, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
Pós-doutor em Educação. Doutor em Teologia (Área: Religião e Educação). Mestre em Educação nas Ciências (Área Filosofia). Professor Associado da Universidade Estadual do Oeste do Paraná- (Unioeste), no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável (PPG-DRS). Pesquisador do Grupo Interdisciplinar e Interinstitucional de Pesquisa e Extensão em Desenvolvimento Sustentável (GIIPEDES/Unioeste).

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reta, Augusto Pinheiro. 70. ed. LISBOA I Portugal: Presses Univcrsitaires de France, 1977. Tradução de: L' Analyse de contenu.

CAVALCANTI, Leonardo (Org.); DE OLIVEIRA, Tadeu (Org.); DE MACEDO, Marília (Org.). Relatório Anual 2019: Imigração e Refúgio no Brasil. Portal de imigração do ministério da Justiça e Segurança Pública. Brasília, 2019. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/pt/dados/relatorios-a. Acesso em: 11 jul. 2020.

CLARO, Carolina de Abreu Batista. Refugiados ambientais: mudanças climáticas, migrações internacionais e governança global. Brasília, 2012. Dissertação (Desenvolvimento Sustentável) - Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

COM CONTRIBUIÇÃO dos Estados Unidos, BID cancela a dívida pendente do Haiti. Banco Interamericano de Desenvolvimento. 2010. Disponível em: https://www.iadb.org/pt/noticias/com-contribuicao-dos-estados-unidos-bid-cancela-divida-pendente-do-haiti. Acesso em: 9 jul. 2020.

DA FONSECA, Hermes Rodrigues; DE OLIVEIRA, Regis. Legislação Informatizada - DECRETO Nº 10.245, DE 28 DE MAIO DE 1913 - Publicação Original. Câmara dos Deputados - Palácio do Congresso Nacional - Praça dos Três Poderes. Brasilia, 1913. Disponível em: https://fullbank.com.br/#/painel/create. Acesso em: 5 ago. 2020.

DE GODOY, Gabriel Gualano et al. 60 anos de ACNUR Perspectivas de futuro: O caso dos haitianos no Brasil e a via da proteção humanitária complementar. São paulo: CLA Cultural Ltda, 2011.

DE MORAES, Isaias Albertin; DE ANDRADE, Carlos Alberto Alencar; MATTOS, Beatriz Rodrigues Bessa. A imigração haitiana para o Brasil: Causas e desafios. Conjuntura Austral. porto alegre, 2013. Disponível em: https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=https://seer.ufrgs.br/ConjunturaAustral/article/viewFile/35798/27329. Acesso em: 5 ago. 2020.

DE SOUZA, Ricardo Timm. Bases filosóficas da bioética e sua categoria fundamental: visão contemporânea (. Revista bioética, Porto Alegre, v. 13, n. 2, p. 20, 2005.

FILHO, Wladimir valler. O Brasil e a crise haitiana: a cooperação técnica como instrumento de solidariedade e de ação diplomática. Brasília: funag, 2007.

GOVERNO DO RIO DE JANEIRO. História do Rio. Prefeitura da cidade do rio de janeiro. 2019. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo?article-id=87129. Acesso em: 8 jul. 2020.

GANNOUM, Nadim Mitri. Teoria dos jogos e ganhos relativos: condicionantes estratégicos de cooperação internacional. 2010. Mestrado em ciência política – universidade de são Paulo, são Paulo. 2010.

NODARI, Paulo Cesar. A ética aristotélica. Síntese Nova Fase, Belo Horizonte, v. 24, n. 78, p. 28, 1997. Disponível em: http://periodicos.faje.edu.br/index.php/Sintese/article/view/722/1149. Acesso em: 5 ago. 2020.

PESSINI, Leo. No berço da bioética: o encontro de um credo, com um imperativo e um princípio. Revista Colombiana de Bioética, Bogotá, v. 8, n. 1, p. 32-54, 2013.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2013.

SILVA, João Carlos Jarochinski et al. 60 anos de ACNUR Perspectivas de futuro: Uma análise sobre os fluxos migratórios mistos. São Paulo: CL-A Cultural, 2011.

Publicado
2022-05-17