O PROJETO CASULO E A ASSISTÊNCIA A CRIANÇA PEQUENA E SEUS REFLEXOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL CONTEMPORÂNEA

José Carlos de Melo

José Carlos de Melo Universidade Federal do Maranhão https://orcid.org/0000-0002-0501-8141

Resumen

Esta pesquisa teve como objetivo compreender como o Projeto Casulo foi desenvolvido em uma capital nordestina, bem como foi realizado o atendimento/assistência às crianças pequenas nas creches e instituições de ensino no período entre 1970 a 1990. Buscando respostas a essas perguntas realizou-se uma pesquisa bibliográfica a partir dos estudos de autores como Oliveira (2005), Kuhlmann Jr. (2010), Sposati (2014), Rosemberg (2003), com uma abordagem qualitativa. Durante a análise dos dados, foi possível perceber que embora existam poucas informações disponíveis sobre à temática abordada no contexto do campo de pesquisa, o Projeto Casulo por meio de suas creches se constituiu como um momento marcado por um atendimento na perspectiva assistencialista, mas também como uma tentativa de diminuir as dificuldades de aprendizagem enfrentadas por essas crianças durante a sua permanência nos espaços educativos.

Biografía del autor/a

José Carlos de Melo, Universidade Federal do Maranhão

Pós-doutor em Educação. Docente do Departamento de Educação II e Docente do Programa de Pós-graduação em Gestão de Ensino da Educação Básica do (PPGEEB) da Universidade Federal do Maranhão. Coordenador do Grupo de Estudos, Pesquisa, Educação, Infância & Docência-GEPEID.

Citas

ARCE, Alessandra. Documentação oficial e o mito da educadora nata na educação infantil. Cadernos de Pesquisa, Campinas, v. 1, n. 113, p.167-184, jul. 2001.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Senado Federal. Brasília-DF: 1988. Disponível em:< https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/ind.asp>. Acesso em: 25 out. 2019.

______. Ministério da Educação e do Desporto Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 27 out. 2019.

_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12579:educacao>. Acesso em: 28 out. 2019.

______. Lei nº 12.722, de 3 de outubro de 2012. Altera as Leis nos 10.836, de 9 de janeiro de 2004, 12.462, de 4 de agosto de 2011, e 11.977, de 7 de julho de 2009; dispõe sobre o apoio financeiro da União aos Municípios e ao Distrito Federal para ampliação da oferta da educação infantil; e dá outras providências. Brasília, DF, 2012.

CAMPOS, Maria Malta. Educar crianças pequenas: em busca de um novo perfil de professor. Retratos da Escola, Brasília, v. 2, n. 2-3, p.121-131, dez. 2008. Disponível em:< http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/viewFile/130/232>. Acesso em: 5 out. 2019.

COSTA, Patricia Vieira da. MAFRA, Rafael d’Aquino. BACHTOLD, Isabele Villwock. O eixo de acesso a serviços e a ação Brasil Carinhoso do plano Brasil Sem Miséria. In: BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O Brasil sem miséria. Brasília: MDS, 2014.

DAHLBERG, G.; MOSS, P.; PENCE, A. Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas. Porto Alegre: Artmed, 2003.

DELGADO, Ana Cristina Coll. O que nós adultos sabemos sobre infâncias, crianças e suas culturas? In: Revista Espaço Acadêmico nº 34/março de 2004.

DIDONET, Vital. Creche: a que veio, para onde vai. In: Educação Infantil: a creche, um bom começo. Aberto/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. v 18, n. 73. Brasília, 2001. p.11-28.

FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2000.

FREITAS, Marcos Cezar de (Org.). História social da infância no Brasil. 5. ed., rev. e ampl São Paulo: Cortez, 2003. 334 p.

IMBERNÓN, F. Formação docente profissional: forma-se para mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2002.

KRAMER, Sônia. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação infantil e/é fundamental. Revista Educação & Sociedade, Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p. 797-818, out. 2006. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/es/v27n96/a09v2796>. Acesso em: 17 nov. 2019.

KUHLMANN JUNIOR, Moysés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 2010.

_______________, Moysés. História da Educação Brasileira. In: Revista Brasileira de Educação. Mai/Jun/Jul/ago, nº 14, 2000. Disponível em:< http://nuted.ufrgs.br/oa/pi/html/kuhlmann.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2019.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2007.

MARTINS, Ana Paula Vosne. Gênero e assistência: considerações histórico-conceituais sobre práticas e políticas assistenciais. Estado, Filantropia e Assistência. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2011.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001
PINTO, Luis Fernando Silva. O social inadiável. São Paulo: Fundação Salim Farah Maluf, 1984.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 2ed. São Paulo: Cortez, 2005.

RIZZO, Gilda. Creche: organização, currículo, montagem e funcionamento. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

ROSEMBERG, F. A LBA, o Projeto Casulo e a Doutrina de Segurança Nacional. In: FREITAS, M. F. História social da infância no Brasil. 6ª Ed. São Paulo: Cortez, 2006.

______________. Sísifo e a educação infantil brasileira. Revista Pro-Posições, vol. 14, n. 1 (40), Jan/abr. 2003.

SAFFIOTI, Heleieith. Gênero, Patriarcado, Violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.

SPOSATI, Aldaíza. Assistência na trajetória das políticas sociais brasileiras: uma questão em análise. São Paulo: Cortez, 2014.

VIEIRA, Lívia Maria Fraga; DUARTE, Alexandre. Professores da educação infantil no Brasil: desigualdades no trabalho docente e no status social. In: 35º Encontro Anual da Anpocs, 2011, Caxambu.