EDUCAÇÃO CIENTÍFICA DE PROFESSORAS REVELADA  EM DISSERTAÇÕES DE MESTRADO

Wagner  Rodrigues Silva; Roseane Ferreira

Wagner Rodrigues Silva Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0002-3994-1225
Roseane Ferreira Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0003-3698-0314

Resumen

Este artigo tematiza o processo de educação científica de professoras de Língua Portuguesa, em formação continuada, em um mestrado profissional para educadores. O objeto de investigação são algumas dissertações de mestrado apresentadas como trabalho de conclusão de curso. Este estudo se caracteriza como uma pesquisa documental, situada na Linguística Aplicada. Estudos sobre letramento do professor, letramento acadêmico e letramento científico são os principais referenciais teóricos utilizados para problematizar implicações de práticas de pesquisa como estratégias de formação continuada do professor. Os resultados mostram a necessidade do aprimoramento do uso de dissertações de mestrado como gênero com desdobramentos proveitosos para a formação profissional idealizada no mestrado para professores da escola básica.

Biografía del autor/a

Wagner Rodrigues Silva, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Linguística Aplicada, Universidade Federal do Tocantins – UFT, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

Roseane Ferreira, Universidade Federal do Tocantins

É graduanda em Pedagogia, na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Palmas. Também é bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq), atuando no grupo de pesquisa Práticas de Linguagens - PLES (UFT/CNPq), sob a orientação do Prof. Dr. Wagner Rodrigues Silva (UFT/CNPq).

Citas

CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, n. 22, s/v, 2003. p.89-100.

BAZERMAN, C. Retórica da ação letrada. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

BARROS, E. A formação do professor pelo viés da pesquisa acadêmica. In: GONÇALVES, A. V.; PETRONI, M. R. (Org.) Formação inicial e continuada de professores: o múltiplo e o complexo das práticas educativas. Dourados: Editor da UFGD, 2012, p.221-243.

DEMO, P. Educação e alfabetização científica. Campinas: Papirus Editora, 2010.

______. Pesquisa: Principio cientifico e educativo. 12ª ed. São Paulo: Cortez, 2006.

EGGINS, S. An Introduction to Systemic Functional Linguistics. London: Continuum, 2004.

FIAD, R. S. Pesquisa e Ensino de Escrita: Letramento Acadêmico e Etnografia. Revista do GEL, v. 14, n. 3, p. 86-99, 2017.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 55ª ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2017.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

KLEIMAN, A. B. Letramento na contemporaneidade. Bakhtiniana. São Paulo: PUCSP, n. 2, v. 9, p. 72-91, 2014.

LEA, M.; STREET, B. O modelo de “letramentos acadêmicos”: teoria e aplicações. Tradução: KOMESU, Fabiana; FISCHER, Adriana. Filologia e Linguística Portuguesa. São Paulo: USP, v. 16, n. 2, p. 477-493, 2014.

OLIVEIRA, M. Considerações em torno da linguística aplicada e do ensino da língua materna. Revista Odisseia. UFRN: Rio Grande do Norte, n. 3, s/v, 2012, p. 1 - 20.

RAJAGOPLAN, K. Mais de cinco décadas de linguística aplicada no Brasil: Por que insistir na invisibilidade. In: GONÇALVES, A. V.; SILVA, W. R.; GÓIS, M. L. (Org.). Visibilizar a Linguística Aplicada: abordagens teóricas e metodológicas. Campinas: Pontes, 2014, p. 183-204.

REGIMENTO INTERNO DO PROFLETRAS - Anexo da Resolução no 043/2012-CONSEPE, de 15 de maio de 2012. Disponível em: - Resolução nº 043/2012. Disponível em: <http://www.profletras.ufrn.br/ Documentos /108963191/regimento#. Wqbg7OjwbIU>

SANTOS, M. Epistemologia da prática e desenvolvimento profissional no Mestrado Profissional em Letras. Soletras. Rio de Janeiro: UERJ, n. 35, s/v, 2018, p. 245-273.

SÁ-SILVA, J.; ALMEIDA, C.; GUINDANI, J. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, 2009, p.15.

SILVA, W. Estudos do letramento do professor e formação inicial nos estágios supervisionados das licenciaturas. In: SILVA, W. R. (Org.). Letramento do professor em formação inicial: interdisciplinaridade no estágio supervisionado da licenciatura. Campinas: Pontes, 2012. p. 27- 49.

______. Considerações sobre o contexto de cultura na linguística sistêmico-funcional. XVII Congreso Internacional Asociación de Lingüística y Filología De América Latina (ALFAL 2014). João Pessoa - Paraíba, Brasil. 2014.

______. Formação sustentável do professor no mestrado profissional. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 70, p. 708-731, 2017.

______. Construção de práticas de pesquisa no Mestrado Profissional em Letras. In: SILVA, W. R.; BEDRAN, P. F.; BARBOSA, S. M. (Org.). Formação de professores de língua na pós-graduação. Campinas: Editora Pontes, 2019a. p. 25-57.

______. Prática científica na escrita de professora. Linguagem em Discurso. Tubarão: Unisul, n. 2, v. 19, p. 273-292, 2019b.

______. Educação científica como estratégia pedagógica para formação de professoras. Veredas: Revista de Estudos Linguísticos. Minas Gerais: UFJF, v.2, n.23, p. 144-161, 2019c.

______; FERREIRA, R. Educação científica de professoras de língua portuguesa em formação em serviço. Palmas: Universidade Federal do Tocantins, 2020. (inédito)

______; AIRES, N. Educação científica de professoras em mestrado profissional. The Specialist. São Paulo: PUCSP, 2020 (no prelo)

______; CORDEIRO, M.; FARAH, B.; MORAES, C.; SOUSA, D.; SILVA, L.; MENDES, V. Ciência nas licenciaturas? Linguagem: Estudos e Pesquisas. Catalão: UFG, vol. 22, n. 1, p. 83-108, 2018.

VIANNA, C.; SITO, L.; VALSECHI, M.; PEREIRA, S. Do letramento aos letramentos: desafios na aproximação entre letramento acadêmico e letramento do professor. In: KLEIMAN, A. B.; ASSIS, J. A. (Org.). Significados e ressignificações do letramento: desdobramentos de uma perspectiva sociocultural sobre a escrita. Campinas: Mercado de Letras, 2016, p. 27-59.