AS MULHERES DO ACAMPAMENTO OLGA BENÁRIO NA LUTA PELA TERRA NO TOCANTINS

Palavras-chave: Mulheres Sem-Terra. Reforma Agrária. MST. Feminismo. Educação

Resumo

O presente artigo tem como objetivo discutir a luta das mulheres camponesas pela reforma agrária no Acampamento Olga Benário, situado às margens da BR-153, entre os municípios de Rio dos Bois e Fortaleza do Tabocão, no Tocantins. A pesquisa foi construída a partir de uma abordagem dialética, e tem como ponto de partida o plano empírico. Apresenta um relato das experiências de militantes e moradores do Acampamento Olga Benário, entre eles uma das autoras deste texto, no período de 2013 a 2017. Além disso, buscou interlocução com a teoria feminista, documentos com os princípios do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e as propostas do educador Paulo Freire. Foi possível construir uma aproximação com o processo pedagógico da luta da mulher camponesa pela terra e por direitos socais. A participação e o protagonismo das mulheres do Acampamento foram fundamentais na luta pela terra, elas assumiram funções de liderança nas instâncias estaduais e nacionais do MST e voltaram a estudar, buscaram conhecimentos para defender seus direitos.

Biografia do Autor

Gessivan Carmo de Souza, SEDUC - Miranorte, TO

Pedagoga. Professora efetiva do município de Miranorte. Militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Dirigente Estadual do Setor de Educação do MST, Tocantins.

Viviane Drumond, Universidade Federal do Tocantins

Doutorado em Educação (UNICAMP). Professora do Curso de Pedagogia, UFT, Câmpus de Miracema. 

Referências

Cartilha Plebiscito Constituinte: Por uma constituinte exclusiva soberana do sistema político. Plenária Nacional dos Movimentos Sociais. Secretaria de Comunicação da CUT, São Paulo, 2010.

Coletivo de Cultura do MST. Secretaria Nacional do MST: Brasília, DF, 2014

Caderno da Infância Nº 01. Educação da Infância Sem Terra: Orientações para o Trabalho de Base. Brasília, DF, 2011

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra. 1987.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. São Paulo, Cortez. 1996.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra. 2000.

FRIGOTTO, Gaudêncio. A cientificidade do conhecimento e os processos coletivos de transformação da realidade social. In. CALDART, R. S. & ALENTEJANO, P. (Orgs.) MST, Universidade e pesquisa São Paulo: Editora Expressão Popular, 2014.

DEL PRIORI, Mary (Org.). História das mulheres no Brasil. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2001.

MORAIS, Fernando Gomes de. Olga. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Movimento de Mulheres Camponesas. MMC Brasil. http://www.mmcbrasil.com.br/site/. Consulta feita no dia 22.11.18.

Normas Gerais e Princípios Organizativos do MST. Secretaria Nacional do MST, Rio de Janeiro, 2016.

PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do Feminismo no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.

Programa Agrário do MST: lutar, construir reforma agrária popular! Uma publicação dos trabalhadores Rurais Sem Terra. Secretaria Nacional do MST, 2014.

SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, 20(2), 71-99, 1995.

TELES, Maria Amélia de Almeida. A participação feminista na luta por creches! In: FINCO, Daniela; GOBBI, Marcia Aparecida; FARIA, Ana Lúcia Goulart (Org.). Creche e Feminismo: desafios atuais para uma educação descolonizadora. Campinas, SP: leitura Crítica; ALB; São Paulo: FCC, 2015.

Publicado
2019-12-03