PROCESSOS DE RECEPÇÃO: CONSUMO DE TELENOVELA POR MULHERES EM SITUAÇÃO DE PERIFERIA EM ARAGUAÍNA

Ana Rosa Carvalho de Oliveira; Plábio Marcos Martins Desidério

Ana Rosa Carvalho de Oliveira Universidade Federal do Tocantins
Plábio Marcos Martins Desidério Universidade Federal do Tocantins

Resumen

Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma compreensão dos processos de consumo cultural entre mulheres que se posicionam perifericamente na cidade de Araguaína. A proposta da compreensão é como esse consumo da telenovela é realizado; quais são as mediações; os sistemas de representação; os sentidos mobilizados no processo de recepção das telenovelas; e como esses sentidos são articulados pelas mulheres, a partir de um experimento etnográfico. Para auxiliar nessa compreensão recorre a alguns apontamentos teóricos, como a perspectiva de Stuart Hall sobre cultura e representação, outros como, Jesús Martín-Barbero sobre a discussão de produção, consumo e mediação, e Ana Carolina Escosteguy sobre recepção.

Biografía del autor/a

Ana Rosa Carvalho de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins

Mestranda em Território e Cultura, com ênfase em Estudos de Gênero. É especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Educação em Ciências.

Plábio Marcos Martins Desidério, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Comunicação pela Universidade de Brasília (2013). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Goiás (2004). Professor da Universidade Federal do Tocantins lotado no Colegiado de História. Professor do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território. Pesquisador na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: sociologia da comunicação, mídia, televisão, telenovela, gênero, cultura popular, cultura urbana, mídias sociais, cinema, cinema na fronteira e estudos de recepção.

Citas

ALMEIDA, Heloisa Buarque de. Melodrama comercial – reflexões sobre a feminilização da telenovela. Cadernos Pagu. Volume 19, 2002, p. 171-194

D’ANDREA, Tiarajú Pablo. A formação dos sujeitos periféricos: cultura e Política na periferia de São Paulo. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, 2013.

____________________. Periferia, substantivo feminino. Revista Geni. Junho, 2016.

ESCOSTEGUY, Ana Carolina. Estudos culturais latino-americanos e Jesús Martín-Barbero: mais afinidades do que disputas. Revista Matrizes. V. 12, jan/abr. 2018. p. 99-113.

HALL, Stuart. Cultura e representação. Org. Arthur Ituassu. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, Apucuri, 2006.

____________. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Org. Liv Sovik. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

HIRATA, Helena; KERGOAT, Danièle. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Caderno de Pesquisa, v. 37, n 312, p. 595-609, set/dez, 2007.

LOPES, Maria Immacolata Vassalo. Mediação e recepção: algumas conexões teóricas e metodológicas nos estudos latino-americanos de comunicação. Revista Matrizes. V.8, jan/jun. 2014. p. 65-80

LOPES, Maria. I. V; BORELLI, Silvia H. S.; RESENDE, Vera da R. Vivendo com a telenovela: mediações, recepção, teleficcionalidade. São Paulo. Editora Summus, 2002.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. 5ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008. 360 p.

SOUZA, Lorena Francisco de; RATTS, Alecsandro J. P. Raça e gênero sob uma perspectiva geográfica: espaço e representação. Boletim Goiano de Geografia. Instituto de Estudos Sócio-Ambientais- UFG. Goiânia - Goiás. V.28, n.1, jan/jun. 2008.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Almeida, Marcos Pereria Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte. Editora UFMG. 2010. 133p.

TEXEIRA, Marilane Oliveira; FARIA, Nalu. Empoderamento Econômico das mulheres no Brasil: pela valorização do trabalho doméstico e do cuidado. Editora OXFAM Brasil. São Paulo, junho, 2018.

TONON, Joseana B. Recepção de telenovelas: identidade e representação da homossexualidade. Um estudo de caso da novela “Mulheres Apaixonadas”. Comunicação e Informação, V 9, nº 1: pág 30-41– jan/jun. 2006.