“SE O QUE NOS CONSOME FOSSE APENAS FOME”: O PLANTÃO PSICOLÓGICO NA ESCOLA COMO UMA VIA POSSÍVEL PARA JOVENS E TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO COM OU SEM EXPERIÊNCIA DE AUTOLESÃO
Abstract
O Plantão Psicológico na escola foi realizado no mês de setembro de 2018 com o objetivo de acolher a demanda espontânea de jovens com experiência de autolesão em um colégio público, porém, durante a ação, ampliou-se para a comunidade escolar. Realizado por um serviço CAPS e graduandos voluntários de Psicologia, o Plantão foi desenvolvido em algumas etapas: divulgação da ação na escola, inscrição durante o plantão, atendimento, avaliação da ação, devolutiva a gestão escolar e desdobramentos. Foi observado que as vulnerabilidades sociais, econômicas, trabalhistas e afetivas influenciam nas vivências escolares e a autolesão manifesta-se como “alívio” no corpo. Concluímos que a via da linguagem pela associação livre, atenção flutuante e retificação subjetiva solicita àquele que sofre uma outra saída ao mal-estar, além de colocar o plantonista em posição de disponibilidade, contribuindo para que a escola seja espaço potente. Equipes multiprofissionais da Educação poderiam fazer diferença como suporte à comunidade escolar.
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