O PACTO PERVERSO DA BRANQUITUDE: SOBRE O DIREITO SOBERANO DE MATAR NO AMAPÁ
Abstract
Pretende-se através desse escopo propor uma breve digressão a partir do conceito de pacto narcísico da branquitude de Bento (2014) e a perversão, considerando a função do véu na noção de objeto fetiche apresentada no “Seminário Livro 4: A relação de objeto” (1956-57) de J. Lacan. Tensiona-se tais aproximações para investigar a perversão na estruturação do pacto narcísico da branquitude no Brasil. Para tanto, consideramos uma encruzilhada específica: quem é o alvo da polícia militar que por três anos consecutivos é a que mais mata do país? De que forma seria possível pressupor uma montagem perversa na estruturação do pacto narcísico da branquitude no Brasil partindo do Amapá, periferia do Brasil, extremo norte do país? Através de pesquisa bibliográfica, propõe-se fomentar debates que deslocam concepções naturalizadas sobre as relações entre os brancos e os negros em nosso país, bem como expor as dimensões estruturais, e por isso políticas que são racistas e as intermediam, evidenciando o mecanismo da perversão como uma das possibilidades para discutir, a partir do ponto de vista da psicanálise, sobre a estrutura racista brasileira.
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