ILF EM TEMPOS DE PANDEMIA GLOBAL: ANÁLISE DE ATIVIDADES REMOTAS DE LÍNGUA INGLESA DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE PALMAS-TO

Palavras-chave: Inglês como Língua Franca. Atividades Remotas de Inglês. Ensino Fundamental. Palmas Home School.

Resumo

Diante do posicionamento do inglês como uma língua franca global (ILF) na atualidade, este artigo, caracterizado como uma análise documental e inserido no paradigma qualitativo, tem como objetivo central analisar, a partir do checklist proposto por Oliveira (2010), de que maneira os aspectos interculturais e variedades da Língua Inglesa (LI) entrelaçados ao ensino de ILF foram abarcados nos blocos de atividades remotas do componente curricular de LI, da turma 9º ano do ensino fundamental, na rede municipal de ensino público da cidade de Palmas-TO, ao longo do ano letivo 2020. Consequentemente, como objetivos específicos buscamos apresentar uma revisão acerca do termo Lingua Franca, o conceito de ILF e dados que demonstram o declínio da figura do falante nativo de LI.  No que concerne à fundamentação teórica deste estudo, nos baseamos nas contribuições de pesquisadores como Jenkins (2000), Seildhofer (2002), Nault (2006), and El Kadri (2011), só para citar alguns. A partir das análises dos blocos de atividades remotas, percebemos que as atividades de LI, de uma maneira muito embrionária, trouxeram aspectos ligados ao ILF que não foram aprofundados de forma mais crítica, dado que nos faz inferir que os alunos não tiveram ainda alargada sua compreensão sobre as implicações inerentes à sua condição de uma língua que está sendo camaleonicamente apropriada por seus usuários globais.

 

 

Biografia do Autor

Suiane Francisca da Silva, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (PPGLL) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Professora de língua inglesa na educação básica do Município de Palmas-TO. 

Neuda Alves do Lago, Universidade Federal do Goiás (UFG)

Doutora em Letras pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Professora Associada na Faculdade de Letras, docente regular no Mestrado e Doutorado em Letras e Linguística da Universidade Federal de Goiás (UFG). Docente regular no Mestrado em Educação, e docente colaboradora no Mestrado em Agronomia na Universidade Federal de Jataí (UFJ). 

Referências

ADLER, M. 1977. Pidgins, creoles and lingua francas: A sociolinguistic study. Hamburg: Buske. Arends, J., P. Muysken, & N. Smith, (eds.). 1995. Pidgins and Creoles: na introduction. Amsterdam: Benjamins.

A. (Alistair) Pennycook, Towards a critical applied linguistics for the 1990s. Issues in Applied Linguistics. vol. 1, no. 1: 8-29 (junho)1990.

ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 1993.

ANJOS, F. A. Desestrangeirizar a língua inglesa: um esboço da política linguística. Cruz das Almas/BA: UFRB, 2019. 116 p.

ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009, p. 33-45.

BORDINI, M. Estudos sobre inglês como língua franca no contexto brasileiro (2005-2012). 2013. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

BROSCH, C. On the conceptual history of the term Lingua Franca. Apples – Journal of Applied Language Studies 9/1, 2015, 71–85. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/285214984_On_the_Conceptual_History_of_the_Term_Lingua_Franca

CRYSTAL, D. English Worldwide. In: HOGG, R.; DENISON, D. (eds). A history of the English Language. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. p. 420-444.

COGO, A.; PITZL, M. L. ELF Ren. ELF. 2014. Disponível em: http: www.english-linguafranca.org/about/elf-ren.

COOK, V. Going beyond the native speaker in language teaching. TESOL Quarterly. v. 33,1999, p.185–209.

DEWEY, M. (2007). English as a lingua franca and globalization; an interconnected perspective. International Journal of Applied Linguistics, v. 17, n. 3, p. 332-354.

DE LIMA, Jane Helen Gomes; SÁVIO, Gislane; ROSSO, Graziela Pavei Peruch. Inglês como Língua Franca (ILF) e o ensino-aprendizagem de língua inglesa em tempos de ensino remoto: um relato de caso aplicado ao ensino fundamental I. Dialogia, n. 36, p. 269-282, 2020.

EL KADRI, M. S. (2010). Inglês como língua franca: um olhar sobre os programas disciplinares de um curso de formação inicial de professores de inglês. Rev. Entretextos. Londrina, PR, v.10, n.2, p.64-91.

ERLING, E. J. The many names of English: a discussion of the variety of labels given to the language in its worldwide role. English Today, v. 21, n. 1, p. 40-44, jan. 2005.

FISHMAN, J.; COOPER, R.; CONRAD, A. The Spread of English. Rowley, Mass.: Newbury House Publishers, 1975.

FRIEDRICH, P. M. When Five Words Are Not Enough: A Conceptual and Terminological Discussion of English as a Lingua Franca. International Multilingual Research Journal, 2010, p. 20 -30.

GALLO, V. Why are Variation and English as a Lingua Franca Important Tools within the EFL Class?. Educazione Linguistica. Language Education, 2022.

GRADDOL, D. The decline of the native speaker. In: GRADDOL, D.; MEINHOF, U. (eds.). English in a changing world. AILA Review 13. 1999, p.57-68.

HAUS. C.; ALBUQUERQUE, M. L. V. de. Decolonialidade e inglês como língua franca: diálogos com professores brasileiros. Cadernos do Instituto de Letras, Estudos Linguísticos, n. 61, p. 181-208, 2020.

JENKINS, J.; COGO, A.; DEWEY, M. Review of developments in research into English as a Lingua Franca. Language Teaching, v.44, n.3, 2011, p.281-315.

KAHANE, H. & R. KAHANE. 1976. Lingua franca: The story of a term. Romance Philology 30, 25–41.

KUHN, T. S. The Structure of Scientific Revolutions. (4a. ed.) University of Chicago Press, 2012.

KNAPP, K. & CH. MEIERKORD. 2002. Approaching lingua franca communication. In K.Knapp & Ch. Meierkord (eds.). Lingua franca communication. Frankfurt (Main): Lang, 9–28.

KUMARAVADIVELU, B. A Linguística Aplicada na era da globalização. In: MOITA LOPES, L. P. da. (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial,2006. p. 129-148.

LEFFA, V. J. Aspectos políticos da formação do professor de línguas estrangeiras. In: LEFFA, Vilson J. (Org.). O professor de línguas estrangeiras; construindo a profissão. Pelotas, 2001, v. 1, p. 333-355.

LIMA, J. H. G. de; SAVIO, G.; ROSSO, G. P. P. Inglês como Língua Franca (ILF) e o ensino-aprendizagem de língua inglesa em tempos de ensino remoto: um relato de caso aplicado ao ensino fundamental. Dialogia, n. 36 p. 269-282, 2020.

NAULT, D. Going global: Rethinking culture teaching in ELT contexts. Language, Culture and Curriculum, Vol. 19, No. 3, 2006, p.314-328.

OLIVEIRA, A. P. World Englishes, competência comunicativa intercultural e mudanças de paradigmas: uma proposta para uma nova checklist de análise de livro-texto para o ensino de língua inglesa. In: XI Seminário de Linguística Aplicada e VII Seminário de Tradução, Salvador, BA. 2010.

ORTIZ, R. Mundialização: saberes e crenças. São Paulo: Brasiliense, 2006.

RAJAGOPALAN, K. O “World English”: um fenômeno muito mal compreendido. In: GIMENEZ, T.; CALVO, L.; EL KADRI, M. (Org.). Inglês como língua franca: ensinoaprendizagem e formação de professores. Campinas, SP: Pontes Editores, 2011, p. 45- 57.

SALLES, M.; GIMENEZ, T. Ensino de inglês como língua franca: uma reflexão. In: BELT JOURNAL. Porto Alegre, v.1, n.1, p 26-33, 2010.

SEIDLHOFER, B. (2004). Research perspectives on teaching English as a lingua franca. Annual Review of Applied Linguistics, v. 24, n. 1, p. 209-239.

SEIDLHOFER, B. (2011) Understanding English as a Lingua Franca. Oxford: Oxford University Press.

SIQUEIRA, D. S. P. Inglês como língua internacional: por uma pedagogia intercultural crítica. (Tese de Doutorado), Universidade Federal da Bahia, 2008.

SIQUEIRA, D. S. P. (2011). Inglês como língua franca: o desafio de ensinar um idioma desterritorializado. In: GIMENEZ, T.; CALVO, L. C. S.; EL KADRI, M. S. (Orgs.) Inglês como língua franca: ensino-aprendizagem e formação de professores. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 87-115.

VIKØR, L. Lingua franca and international language. In U. Ammon (ed.), Sociolinguistics: An international handbook of the science of language and society (Handbooks of Linguistics and Communication Science 3.1), vol. 1, 2nd ed. Berlin: De Gruyter, 2004. p. 328–335.

Publicado
2022-08-09