O EXISTENTE HUMANO SEGUNDO A ANALÍTICA EXISTENCIAL HEIDEGGERIANA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O SENTIDO DO SER NO POEMA “NEM TANTO AO CAOS” DE TIÃO PINHEIRO

Milton Cássio  Andrade do Prado

Milton Cássio Andrade do Prado Universidade Federal do Tocantins (UFT) https://orcid.org/0000-0002-9353-4348

Abstract

Este trabalho tem por objetivo discutir e identificar elementos que compõem o modo como a existência humana é apresentada no poema Nem Tanto ao Caos do autor tocantinense Tião Pinheiro, compreendendo o existir do poeta e da obra como a própria “verdade do ser” expressa na arte. Perspectivas filosóficas como a analítica existencial de Heidegger despertaram no autor deste trabalho centelhas que recaíram em refletir sobre o eu lírico no poema de Tião Pinheiro, a lume das reflexões do filósofo alemão. Trouxe à baila o conceito de Dasein e o que o compõe — em particular a temporalidade, a espacialidade, o contingencial — e de ente (elemento intramundano) para elaborar um trabalho de aproximação, ao menos parcialmente, entre Heidegger e o autor tocantinense tendo como objetivo discutir o poema à luz desses conceitos centrais à analítica da existência. Utilizou-se da narrativa literária partindo da premissa de que seja aquilo que mais se aproxima da vivência humana experienciada no dia a dia.

Author Biography

Milton Cássio Andrade do Prado, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Mestrando em Estudos Literários pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Graduação em Letras pela Universidade Estadual de Goiás (UFG).

References

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo, Martins Fontes. 2003.

CANDIDO, Antônio. Formação da Literatura Brasileira: Momentos Decisivos. 5. ed. Belo Horizonte; São Paulo: Itatiaia: Ed. da Universidade de São Paulo, 1975, V. 2.

DUARTE, A. Heidegger e o Outro: a questão da alteridade em Ser e tempo. Natureza Humana 4 (1): 157-185, jan.-jun. 2002. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/nh/v4n1/v4n1a05.pdf>. Acesso em 01 de set. de 2020.

FURTADO, J. Docência e alteridade. Congresso de Educação Básica: Aprendizagem e Currículo. 2012.

GADAMER, H.G. Verdade e Método. 5ª. Edição revisada. Trad. de Flávio Paulo Meurer, nova revisão de Enio Paulo Giachini e Márcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2003.

HEIDEGGER, M. Ser e Tempo (parte I). 15 ed. Editora Vozes: Petrópolis, RJ, 2005.

INWOOD, M. Dicionário Heidegger. Trad. Luisa Buarque de Holanda. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2002.

LACEY, A. R. A. Dictionary of Philosophy. —3rd edn. 1. Philosophy— Dictionaries I. Title, 1996.

PINHEIRO, J. S. De Sonhos e de Construção – Poemas. Palmas: Provisão Estação Gráfica e Editora Ltda., 2008, p. 96.

SARTRE, J. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural. (Coleções Os Pensadores), 1973.

STEIN, E. Pensar é pensar a diferença: filosofia e conhecimento empírico. Ijuí: UNIJUÍ, 2002.

WERLE, M. A Angústia, o Nada e a Morte em Heidegger. Trans/Form/Ação, São Paulo, 26 (1): 97-113, 2003.