BUSINESS MODEL CANVAS PARA UM EMPREENDIMENTO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Palavras-chave: Empreendedorismo Social. Modelo de Negócio. Sustentabilidade. Mulheres.

Resumo

Essa pesquisa busca contribuir para o campo do Empreendedorismo Social no que tange a aplicação de uma ferramenta de gestão destinada a construção de um Modelo de Negócios para um empreendimento de economia solidária que utiliza a utilizando da fibra da garrafa PET e demais resíduos têxteis doados como principais matérias-primas. Para tanto, o estudo visa construir um Business Model Canvas (BMC) para o grupo de artesãs Art&Mãe, atuante em Porto Alegre/RS, buscando identificar suas potencialidades e contribuir com informações necessárias ao planejamento estratégico do empreendimento. A pesquisa-ação foi construída a partir de quatro encontros com as artesãs. Os resultados mostram que a utilização da ferramenta estratégica permitiu a geração de conhecimento às mulheres associadas a despeito de suas atividades produtivas, identificando potencialidades e fornecendo informações necessárias ao planejamento e execução de ações para alcançar novos rumos, parceiros e a renovação das integrantes.

Biografia do Autor

Bruna Rodrigues Vazquez Barreira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 

 

Deise de Oliveira Alves, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestrado em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.  Graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria.

 

Leticia de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Professora no Departamento de Economia e Relações Internacionais da Faculdade de Ciências Econômicas, Professora no Programa de Pós-graduação em Agronegócios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutora em Agronegócios pela UFRGS, Mestre e Graduada em Administração pela UFLA.

Referências

BOWMAN, C., AMBROSINI, V. Value creation versus value capture: towards a coherent definition of value in Strategy. British Journal of Management, v. 11, n.1, p. 1-15, 2000.

BRITO, D. Brasileiro é empreendedor por necessidade ou oportunidade?, 2011. Disponível em:<http://www.diegobrito.com.br/brasileiro-empreendedor-por-necessidade-ouoportunidade/>. Acesso em: 28 out. 2018.

DIEESE- Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. A comercialização na economia solidária em empreendimentos urbanos de produção artesanal lideradas por mulheres. São Paulo, 2017.

DORNELAS, J. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

DUBIELA, D. As mulheres e a fibra: uma instalação etnográfica. 2015. 103 f. Monografia (Bacharelado em Antropologia) - Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.

FRANÇA FILHO, G. A via sustentável-solidária no desenvolvimento local. In: Revista Organizações e Sociedade, v. 15, n. 45, 2008.

GAIGER, L. I. Sentidos e experiências da economia solidária no Brasil. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.

______. A outra racionalidade da economia solidária: Conclusões do primeiro Mapeamento Nacional no Brasil. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 79, p.57-77, dez. 2007.

______. Relações entre equidade e viabilidade nos empreendimentos solidários. Revista Lua Nova, v. 83, p. 79- 109, 2011.

______; A economia solidária e a revitalização do paradigma cooperativo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 28, n. 82, 2013.

______; CORRÊA, S.A. O diferencial do empreendedorismo solidário. Revista Crítica de Ciências Sociais, 2011.

GONÇALVES, E. J. V. Análise e desenvolvimento de modelos de negócios em spin-offs acadêmicos: um estudo de caso junto a empresas da INBATEC UFLA. 2012. Dissertação (Mestrado em Administração) -Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais.

GUERRA, P. Socioeconomia de la solidaridad. Editorial Nordan-Comunidad, Montevidéu: 2002.

IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Os novos dados do mapeamento de economia solidária no Brasil: nota metodológica e análise das dimensões socioestruturais dos empreendimentos, 2016. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7410/1/RP_Os%20Novos%20dados%20do%20mapeamento%20de%20economia%20solidária%20no%20Brasil_2016.pdf> Acesso em: 04 de maio de 2019.

JOYCE, A.; PAQUIN, R. L. The triple layered business model canvas: A tool to design more sustainable business models. Journal of Cleaner Production, n.135, p.1474 -1486, 2016.

MARTES, A. De volta aos clássicos – empreendedorismo e conflito institucional. In: ENCONTRO DA ANPAD – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 2006, Bahia, Anais... Bahia: Salvador, 2006.

MELO NETO, F. P.; FROES, C. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro – da filantropia tradicional à filantropia de alto rendimento e ao empreendedorismo social. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001

MINELLO, I. F.; GOMES, C. T. Estresse e comportamento do empreendedor: um estudo exploratório com empreendedores que vivenciaram o insucesso empresarial. Revista Eletrônica Gestão e Sociedade, v. 7, p. 70-90, 2013.

OLIVEIRA, D.G.; SANTANA, A.P.C.; LESSA, A.J.T.; VASCONSCELOS, I.; FERREIRA, J.S. Método canvas para diagnosticar um modelo de negócio de impacto social: o caso exploratório da agroindústria de Curral Novo e Jacaré. In: Simpósio nacional de empreendedorismo social enactus Brasil, 3, 2018, Forlaleza. Anais...Fortaleza: Enactus, 2018.

OSTERWALDER, A. The business model ontology: a proposition in a design science approach. 2004. Tese (Docteur en Informatique de Gestion) - Universidade de Lausanne, Lausanne, 2004.

______; PIGNEUR, Y. Business Model Generation - Inovação em Modelos de Negócios: um manual para visionários, inovadores e revolucionários. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011.

______; PIGNEUR, Y. Business model generation. John Wiley & Sons, Inc., Hoboken, Nova Jersey: Canadá 2010.

PINTO, J. Economia solidária: de volta à arte da associação. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2006.

Portal QSES. Atlas Digital da Economia Solidária. UNISINOS, 2005. São Leopoldo. Disponível em: ˂ http://sies.ecosol.org.br/˃ Acesso em: 15 março de 2019.

RAO, S. Renasce o imperador da paz. Forbes, v. 162, n. 5, 1998. Disponível em: Acesso em: 8 de abril de 2019.

RAUSCH, G. Modelo de negócios: proposição de um metamodelo conceitual. 2012. 186 f. Dissertação (Mestrado em Administração de Organizações) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012.

ROSA, R. O; CASAGRANDA, Y. G; AZEVEDO, D. B. Gestão ambiental com a comunidade: o caso da Petmania. Revista de Tecnologia Aplicada (RTA) v.7, n.1, p.47-64, 2018.

SANTANA, G. Empreendedor por necessidade x oportunidade, 2014. Disponível em: ˂https://administradores.com.br/artigos/empreendedor-por-necessidade-x-oportunidade˃. Acesso em: 1 de maio de 2019.

SCHUMPETER, J. Teoria del desenvolvimiento económico. México: Fundo de Cultura Económica, 1978.

SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Sobrevivência das empresas no Brasil. Brasília, 2016.

SIES – Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária. Atlas Digital da Economia Solidária. 2013. Disponível em: ˂ http://sies.ecosol.org.br/˃ Acesso em: 15 março de 2019.

SINGER, P. Economia solidária: um modo de produção e distribuição. In: SINGER, Paul;

SOUZA, André Ricardo de. A Economia Solidária no Brasil: a autogestão como resposta ao desemprego. São Paulo: Contexto, 2000. p. 11 – 30.

SIMON, P.; BOEIRA, V. Economia social e solidária e empoderamento feminino. Ciências Sociais Unisinos, v. 53, n. 3, p. 532-542, 2017.

TRIMI, S.; MIRABENT, J. B. Business model innovation in entrepreneurship. International Entrepreneurship and Management Journal, v. 8, n. 4, p. 449–465, 2012.

Publicado
2022-12-15