OS RITUAIS FESTIVOS ESCOLARES PARA A INFÂNCIA: ELEMENTOS DA CULTURA MATERIAL ESCOLAR EM SERGIPE NO SÉCULO XX
Abstract
O presente artigo tem por objetivo, apresentar a ritualização das comemorações escolares para crianças, enquanto um dos elementos para a formação da identidade nacional. Busca expor recortes sobre as comemorações escolares em Sergipe dentro de uma perspectiva de construção de rituais de celebração e formação educacional, atrelada aos conteúdos curriculares, forjam e apresentam a sociedade a forma de “educar” o novo homem. Por meio da utilização de periódicos, descortina as comemorações escolares constituídas no século XX. Utiliza para a investigação os instrumentais teóricos-metodológicos da História Cultural. As festas, pontuam as principais datas a serem comemoradas e enaltecem as tradições. A natureza das celebrações é diversa, destaque para as festas de entrega de diplomas, apresentações musicais e o culto à pátria, perpetuadas por meio de jornais e imagens fotográficas. De modo que os calendários foram erguidos, com a definição de circunstâncias estabelecidas, rituais de organização, espaços e os atores devidamente posicionados para o grande dia.
References
ARIÈS, P. História social da infância e da família. Tradução: D. Flaksman. Rio de Janeiro: LCT, 1978.
AZEVEDO, Crislane Barbosa de. Grupos escolares em Sergipe (1911-930): cultura escolar, civilização e escolarização da infância. Natal: editora da UFRN, 2009.
________________. Celebrações do civismo e promoção da educação: o cotidiano dos grupos escolares de Sergipe no início do Século XX. Revista Brasileira de História, v. 31, n° 62, p.93-115, 2011.
BOTO, Carlota. A liturgia escolar e a idade moderna: saberes, valores, atitudes e exemplos. In: Revista História da Educação. Porto Alegre, V.18 n.44 Set/dez. Porto Alegre: Rio Grande do Sul 2014p.99-127.
BURKE, Peter. O que é história cultural? Tradução: Sérgio Gois de Paulo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed: 2005.
CÂNDIDO, Renata Marcílio. A máquina de festejar: seus usos e configurações nas escolas primárias brasileiras e portuguesas (1890-1930). Tese (Pós-graduação em Educação) Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2012.
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da república no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2009.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa/ Rio de Janeiro: DIFEL/Bertrand, 1990.
CHARTIER, Roger. A história ou a leitura do tempo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
CHERVEL, André. A História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, n° 2, 1990, p. 177-229.
DESIDERIUS, Erasmo. De Civilitate Morum Puerilium. Valencia: Universidad Valencia, 1996.
ESCOLANO, Augustin. A escola como cultura: experiência, memória e arqueologia. Campinas: editora Alínea, 2017.
JULIA, D. A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação, Campinas, n. 1, p. 9-44, 2001.
LE GOFF, Jacques. Documento/Monumento. In: ______. História e Memória. 2. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1992, p. 535-553.
MAGALHÃES, Justino Pereira de. Tecendo Nexos: história das instituições educativas. Bragança Paulista/SP. Editora Universitária São Francisco, 2004.
PINSKY, Carla Bassanezi; LUCA, Tania Regina de (orgs.). O historiador e suas fontes. 1 ed. 3ª reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2013.
ROTTERDAM, Erasmo. De Civilitate Morum Puerilium. Valencia: Universidad Valencia, 1996.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da Educação. Sérgio Milliet (tradutor). 3ª edição. Rio de Janeiro. Bertrand Brasil, 1995.
TORRES, Alberto. A organização nacional: a constituição. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1914.
VEIGA, Cynthia Greive. Educação estética para o povo. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira; FARIA FILHO, Luciano Mendes; VEIGA, Cynthia Greive. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
Copyright Notice
The submission of originals to this periodic implies in transference, by the authors, of the printed and digital copyrights/publishing rights. The copyrights for the published papers belong to the author, and the periodical owns the rights on its first publication. The authors will only be able to use the same results in other publications by a clear indication of this periodical as the one of its original publication. Due to our open access policy, it is allowed the free use of papers in the educational, scientific and non-commercial application, since the source is quoted (please, check the Creative Commons License on the footer area of this page).