BEM-VINDO A WESTEROS: ESTRATÉGIAS DE FORTALECIMENTO DO PACTO FICCIONAL NA PRIMEIRA TEMPORADA DO SERIADO TELEVISIVO GAME OF THRONES

  • João Araújo Universidade Federal da Bahia
Palavras-chave: narratologia, poética do audiovisual, ficção seriada televisiva, estudos de televisão, Game of Thrones

Resumo

Propondo-se a analisar as estruturas narrativas de Game of Thrones em sua primeira temporada, este artigo objetiva descortinar as estratégias de que o seriado lança mão para fortalecer o pacto ficcional que estabelece com o seu espectador, levando o mundo ficcional criado na série a ser mais crível e imersível. Nesse sentido, são observadas as abordagens preferidas para a exposição da narrativa da série, as suas estruturas temporais, as dinâmicas envolvidas no estabelecimento dos seus ambientes, e os parâmetros pelos quais seus personagens são construídos. Finalmente, ponderam-se os achados da análise e o que se pode ganhar com este tipo de estudo, argumentando-se a importância de pesquisas assim para que a natureza da relação entre uma obra ficcional e seu espectador seja melhor entendida.

Biografia do Autor

João Araújo, Universidade Federal da Bahia

Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. 

Referências

ALEXANDER, L. A. Fictional worlds: traditions in narrative and the age of visual culture. Charleston: CreateSpace, 2013.
ALLRATH, Gaby; GYMNICH, Marion; SURKAMP, Carola. Introduction: towards a narratology of TV series. In: ALLRATH, Gaby; GYMNICH, Marion (Eds.). Narrative strategies in television series. Hampshire: Palgrave Macmillan, 2005, p. 1–43.
BARTHES, Roland. Introdução à análise estrutural da narrativa. In: BARTHES, Roland et al. Análise estrutural da narrativa. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1976, p. 19–60.
BORDWELL, David. The way Hollywood tells it: story and style in modern movies. Berkeley: University of California Press, 2006.
COLERIDGE, Samuel T. Biographia Literaria. [s.l.]: Project Gutenberg, 2013. Disponível em: . Acesso em: 10 dez. 2015.
ECO, Umberto. Lector in fabula: a cooperação interpretativa nos textos narrativos. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.
FERRO, Marc. Cinema e História. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
GAUDREAULT, André; JOST, François. El relato cinematografico: cine y narratología. Barcelona: Paidós, 1995.
HERMAN, Luc; VERVAECK, Bart. Handbook of narrative analysis. Lincoln: University of Nebraska Press, 2005.
ISER, Wolfgang. Os atos de fingir ou o que é fictício no texto ficcional. In: LIMA, Luiz Costa (Org.). Teoria da literatura em suas fontes, vol. 2. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 955–987.
JOST, François. Seis lições sobre televisão. Porto Alegre: Sulina, 2004.
¬¬¬____________. Compreender a televisão. Porto Alegre: Sulina, 2010.
LETWIN, David; STOCKDALE, Joe; STOCKDALE, Robin. The architecture of drama: plot, character, theme, genre, and style. Lanham (Maryland): The Scarecrow Press, 2008.
ODIN, Roger. Filme documentário e leitura ficcionalizante. Significação, São Paulo, v. 39, n. 37, p. 10–30, 2012.
PALLOTINI, Renata. Dramaturgia: a construção do personagem. São Paulo: Ática, 1989.
RYAN, Marie-Laure. Postmodernism and the doctrine of panfictionality. Narrative, Columbus (Ohio), v. 5, n. 2, p. 165–187, 1997.
_________________. Avatars of Story. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2006.
TOLKIEN, John R. R. Sobre histórias de fadas. São Paulo: Conrad, 2006.
VERÓN, Eliseo. Quando ler é fazer: a enunciação do discurso da imprensa escrita (1984). In: _______________. Fragmentos de um tecido. São Leopoldo: EdUnisinos, 2004, p. 215–238.
WALTON, Kendall. Mimesis as Make-Believe: on the foundations of the representational arts. Cambridge: Harvard University Press, 1993.
ZIPPEL, Frank. Fiction across media: towards a transmedial concept of fictionality. In: RYAN, Marie-Laure; THON, Jan-Nöel (Eds.). Storyworlds across media: towards a media-conscious narratology. Lincoln: University of Nebraska Press, 2014, p. 103–125.
Publicado
2020-12-22