DA POSIÇÃO ANALISTA DE DISCURSO: ENTRE A CONTINGÊNCIA E A NECESSIDADE DA FILIAÇÃO

Andreia Nascimento Carmo; João de Deus Leite

Andreia Nascimento Carmo UFT/SEDUC-TO https://orcid.org/0000-0001-7627-4911
João de Deus Leite UFT - Universidade Federal do Tocantins https://orcid.org/0000-0002-8918-9940

Abstract

Este artigo aborda o nosso percurso de filiação aos pressupostos da Análise de Discurso francesa (AD) de orientação pecheuxtiana. Alcançamos esse percurso, porque concebemos a existência de uma complexidade epistemológica existente entre teoria e método na AD. É que eles não se estabelecem a priori, sendo necessária a construção que a posição analista de discurso empreende diante de seu objeto discursivo. Assim, além de promover uma incursão em fundamentos da AD, este trabalho propõe a análise do enunciado, Nós temos que defender a família. No batimento entre teorizações e análise, destacamos o modo como nossa filiação à AD ganhou feições necessárias e possíveis. Estar filiado à AD é constituir-se em uma posição que lida com a descrição e a interpretação em que a leitura intervém. Em nosso percurso, interessa-nos pensar no modo como, diante da rede conceitual da AD, compreendemos a categoria “não dito” e a operacionalizamos em nossas análises

Author Biographies

Andreia Nascimento Carmo, UFT/SEDUC-TO

Graduação no Curso de Letras/Português-Inglês, Mestra em Letras (2017) e Doutoranda em Letras pela Universidade Federal do Tocantins - PPGL/ UFT. Professora de Língua Portuguesa e Inglesa do Ensino Fundamental e Médio pela SEDUC/TO.

João de Deus Leite, UFT - Universidade Federal do Tocantins

Graduação no Curso de Letras/Português, pela Universidade Estadual de Montes Claros; Mestre e Doutor, pela Universidade Federal de Uberlândia. Professor Adjunto na Universidade Federal do Tocantins. Foi membro do Conselho Municipal de Educação de Araguaína/Tocantins (2018-2019). Tem trabalhado com as seguintes temáticas: discursividades pedagógicas sobre o ensino e a aprendizagem de língua portuguesa em diferentes situações discursivas, identidade/identificação de diferentes grupos vulneráveis. É membro do Grupo de Pesquisa e Estudos em Linguagem e Subjetividade (GELS).

References

BENVENISTE, Émile. Problemas de Linguística Geral I. Campinas - SP: Pontes, 1989.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

FOUCALT, Michel. A arqueologia do saber. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

ORLANDI, Eni. Segmentar ou recortar?. In: Linguística: Questões e Controvérsias. Publicação do Curso de Letras do Centro de Ciências Humanas e Letras das Faculdades Integradas de Uberaba. Uberaba: Minas Gerais, 1984.

. Discurso e leitura. Campinas – SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1988.

. As formas do silêncio: No movimento dos sentidos. 6.ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

. Análise do Discurso: Princípios e procedimentos. 12.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015.

PATRIARCALISMO. Dicionário online de português. Disponível em: https://www.dicio.com.br/patriarcalismo/. Acesso em: 04 mai. 2020.

PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1988 [1975].

. Análise automática do discurso (AAD-69). In: GADET, Françoise; HAK, Tony. (Orgs.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. 5.ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014 [1969].

. A aplicação dos conceitos da linguística para a melhoria das técnicas de análise de conteúdo. In: Análise de discurso: Michel Pêcheux. 4. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015.