O IR E VIR KANHGÁG EM SÃO LEOPOLDO-RS (1996-2016)
Abstract
Este artigo pretende pensar a relação contemporânea dos Kanhgág com a cidade de São Leopoldo e sua população. Desde 1996 os Kanhgág circulam pela cidade e em 2007 formaram uma ëmã[1] , fixando moradia na Estrada do Quilombo, bairro Feitoria. O objetivo aqui é compreender o que pensam os Kanhgág sobre a proximidade com a cidade e também o que os fóg conhecem sobre esse grupo ameríndio. Para isso, foram realizados questionários semi estruturados com moradores diversos da cidade e também da ëmã. Este estudo demonstrou que, para os “não índios” o desconhecimento sobre a temática indígena é muito grande, e que a maior fonte de informações a respeito chega, ainda que precariamente, através das escolas. Para os Kanhgág, viver em cidades têm pontos positivos e negativos. Chegou-se a conclusão de que é fundamental que a cidade conheça e reconheça os Kanhgág, para que assim, possamos conviver e aprender mutuamente.[1] Alguns termos em kanhgág presentes no trabalho são emprestados da dissertação de Diego Severo(2014) que utiliza grafias como ëmã (aldeia), wãre (acampamento provisório), fóg (homem branco).Da mesma maneira que o uso do termo Kanhgág, preferi estes por serem mais expressivos para o que se propõe neste trabalho. Aparecerão no trabalho outras grafias para o termo, oriundas das transcrições de terceiros.
References
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