TRAJETÓRIAS DE VIDA E ESTÉTICA CAPILAR DE ACADÊMICAS QUILOMBOLAS DA UFT
Abstract
Este artigo trata da análise das trajetórias de vida de seis acadêmicas quilombolas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), focada na identidade feminina, relacionada à questão capilar. Como sublinha Gomes (2008), a formação da identidade da mulher negra é sempre violentada e esmagada pelo ideal de beleza europeu. A naturalização do preconceito racial coloca o cabelo crespo em relação de inferioridade com relação ao cabelo liso. A prática de alisamento capilar, aprendida no seio familiar, desde a infância, é internalizada como única forma de usar o cabelo. Enfim, a transição capilar representa a possibilidade de “descolonização do ser” e na afirmação da identidade negra das acadêmicas quilombolas da UFT.
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