DECLÍNIO COGNITIVO E SINTOMAS DEPRESSIVOS: UM ESTUDO COM IDOSOS DA UNIVERSIDADE DA MATURIDADE

  • Yasmin Alves da Paixão Universidade Federal do Tocantins
  • Paula Fleury Curado Universidade Federal do Tocantins
  • Ariene Angelini dos Santos Orlandi Universidade Federal de São Carlos
  • Luiz Sinésio Silva Netto Universidade Federal do Tocantins
  • Fabiane Aparecida Canaan Rezende Universidade Federal do Tocantins
  • Neila Barbosa Osório Universidade Federal do Tocantins
  • Daniella Pires Nunes Universidade Federal do Tocantins
Palavras-chave: Idoso. Depressão. Disfunção cognitiva. Prevalência.

Resumo

Analisar a relação entre variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde, declínio cognitivo e sintomas depressivos em idosos. Estudo transversal, realizado com 27 idosos matriculados na Universidade da Maturidade do Tocantins, no município de Palmas (TO), em 2018. Foram aplicados Questionário para caracterização dos idosos, Escala de Depressão Geriátrica (avaliar sintomas depressivos), Mini Exame do Estado Mental (rastrear declínio cognitivo). Para a análise dos dados, utilizou-se Exato de Fisher. 11,1% dos idosos apresentaram déficit cognitivo e 22,2%, sintomas depressivos. Observou-se significância estatística entre sintomas depressivos e idade (p=0,011); e declínio cognitivo e prejuízo em atividades básicas de vida diária (p=0,004).  Idosos com idade avançada podem apresentar mais sintomas depressivos e, aqueles com declínio cognitivo podem apresentar mais prejuízo em atividades básicas de vida diária. A inserção dos idosos em Universidades da Terceira Idade pode ser uma importante ferramenta de promoção da saúde e prevenção desses agravos. 

Biografia do Autor

Yasmin Alves da Paixão, Universidade Federal do Tocantins

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Tocantins – UFT. 

 

Paula Fleury Curado, Universidade Federal do Tocantins

Professora do Curso de Medicina, coordenadora da Residência de Clínica Médica e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciências e Saúde da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Membro do Grupo de Pesquisa Pro-gero. 

Ariene Angelini dos Santos Orlandi, Universidade Federal de São Carlos

Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo, Brasil. Membro do Grupo de Pesquisa Saúde e Envelhecimento (UFSCar). 

Luiz Sinésio Silva Netto, Universidade Federal do Tocantins

Professor Adjunto do Curso de Medicina da Universidade Federal do Tocantins – UFT, coordenador e docente do Programa Universidade da Maturidade - UMA, Líder do Grupo de Pesquisa Pro-gero - Envelhecimento Humano.

Fabiane Aparecida Canaan Rezende, Universidade Federal do Tocantins

Professora Adjunta do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Pesquisadora membro do Pro-gero e Líder do Grupo de Pesquisa Comida, Corpo e Comportamento Humano. 

 

Neila Barbosa Osório, Universidade Federal do Tocantins

Professora Associada do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Coordenadora Nacional da Universidade da Maturidade. Pesquisadora membro dos Grupos de Pesquisa Pro-gero e História, historiografia e fontes de pesquisa em educação. 

Daniella Pires Nunes, Universidade Federal do Tocantins

Professora Adjunta e integrante do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Líder do Grupo Envelhecimento e Cuidado, Pesquisadora do Estudo SABE- Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento e membro do Grupo de Pesquisa Pro-gero - Envelhecimento Humano. 

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Publicado
2019-08-13