FEMINISMO LATINOAMERICANO INCLUSIVO: TIETA COMO FIGURA DAS INTERSECCIONALIDADES PARA ALÉM DO GÊNERO

Palavras-chave: Separações. Realidade brasileira. Opressões sociais. Tieta do Agreste.

Resumo

É da natureza do ser humano tentar classificar todos os aspectos de sua vida. Desde o princípio da humanidade existiram separações que limitavam, por exemplo, o papel que cada sexo deveria desempenhar quando vive em sociedade. Com o passar do tempo, esse comportamento não foi abandonado e segue fazendo diferenciações ao ponto de existir a necessidade de se ter que formular enunciados legais para que seja feita uma tentativa de equidade (entre gêneros). O feminismo europeu foi uma corrente disruptiva dentro de seu contexto. Porém, na atualidade latinoamericana, mais especificamente ainda, brasileira, é possível perceber que existem mecanismos mais sutis de ignorar certos segmentos sociais e que o elemento gênero não é suficiente para entender a realidade de forma completa, devendo incluir, inclusive, fatores como cor/raça, classe social e sexualidade. Tieta foi selecionada como personagem representativa neste trabalho tendo em vista que ela faz uma aglutinação de características que histórica e socialmente incidem diversas opressões. Isso quer dizer que ela além de ser mulher, é negra, pobre, nordestina e de sexualidade muito aflorada. Esses traços tão característicos não funcionam como um limitador para nossa figura, mas sim são eles que justamente promovem tanta força no sentido de se lutar pelo que se busca. Ela se reveste da combinação de suas características quando se depara com as mais diversas situações e não as entende como um aspecto negativo ou definidor social, pois Tieta transcende seus padrões socialmente definidos.

Biografia do Autor

Marcella Santos Martins, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Pós-graduanda em Direito Constitucional, Políticas Públicas, e Acesso à Justiça da UFG, Bacharela em Direito pela UFG.

Fernanda de Paula Ferreira Moi, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Doutora em História pela UFG. Pós-Doutora em Direito e Políticas Públicas pelo PPGDP/UFG. Atualmente em estágio pós-doutoral pela PPGF-Fafil/UFG. Professora da PUC-GO e da UFG/UEASCA-RG.

Fernanda Busanello Ferreira, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Doutora em Direito pela UFPR. Pós-Doutora em Direitos Humanos pelo PPGIDH/UFG. Pós-Doutoranda na FD/USP. Professora da Faculdade de Direito e do PPGIDH/UFG.

Referências

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Publicado
2024-10-04