MAPAS MENTAIS COMO RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NAS ESCOLAS
Resumo
No mundo globalizado, a informação é um dos bens mais valorizados e a sua quantidade, produção e difusão se mostram cada vez em ascensão. Porém, do mesmo modo, esta informação, muitas vezes, se mostra de forma desordenada e duvidosa, quanto a sua veracidade. E juntamente com as novas tecnologias, principalmente da informação e comunicação, tem sido comum o embate entre as formas tradicionais de transmissão do conhecimento. Sendo assim, o sistema de ensino e, inclusive, os professores são compelidos a se atualizarem a essa nova realidade, em que se exige novas habilidades na forma de ministrar as aulas, para se equiparar aos meios de comunicação, que estão facilmente disponíveis. Neste contexto, os diagramas de conceitos hierarquizados, chamados de diagramas conceituais, mapas mentais e outras denominações similares, com características equivalentes e variáveis, apresentam-se como uma proposta pedagógica que vem demostrando um positivo resultado nas aulas ministradas em diversos níveis escolares acadêmicos e também no âmbito empresarial. Desenvolvidos desde meados do século XX, por pesquisadores que estudam as formas em que o cérebro processa os estímulos externos e internos, esses diagramas se baseiam nos processos cognitivos, sugerindo não mais uma leitura linear, mas um raciocínio de síntese, por meio de símbolos ordenados e hierarquizados, não exclusivamente por intermédio de palavras representativas, como também, de ícones, imagens e cores, que estimulam o raciocínio e a criatividade, demostrando, portanto, uma possibilidade propícia, corriqueiramente comprovada, para o ensino da Geografia.
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