O BRINCAR COMO TEMPO DA EXPERIÊNCIA DE LINGUAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL

Palavras-chave: Brincar. Criança. Experiência. Linguagem. Ensino fundamental.

Resumo

Há a necessidade de dialogar acerca do brincar como experiência de linguagem da infância, qual se encontra cada vez mais suprimida na transição da educação infantil para o ensino fundamental, em decorrência do conhecimento formalizado e a desaparição das infâncias. Esse artigo se propõe a analisar e refletir acerca do brincar como tempo da experiência de linguagem, a partir do um estudo de cunho etnográfico, realizado numa escola pública de Jequié, BA. Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa, com método de cunho etnográfico, tendo suas raízes ancoradas na perspectiva histórico-cultural. Compreendemos que escola possui um caráter de formação integral com uma função humanizadora, assim no cotidiano infantil dentro das escolas, a brincadeira surge como uma possibilidade para as crianças se expressarem, permitindo-lhes práticas efetivas de aprendizagens por meio da experiência.

Biografia do Autor

Crislaine Dias Polceno, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Professora da Prefeitura de Vitória da Conquista/BA. Mestranda em Educação pelo programa de Pós-Graduação em Educação – PPGed/UESB, linha de pesquisa: Formação, Linguagem, Memória e Processos de Subjetivação. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Ludicidade e Infância GEPELINF/CNPq.

Marilete Calegari Cardoso, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente é professora do Departamento de Ciências Humanas e Letras – DCHL da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPEGed/UESB). Coordenadora do GEPELINF – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Ludicidade e Infância.

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Publicado
2024-08-12