DIÁLOGOS ENTRE A CONCEPÇÃO DIALÓGICA DA LINGUAGEM E OS LETRAMENTOS: PONTOS DE ENCONTRO PARA A MOBILIZAÇÃO DA SALA DE AULA
Resumo
A partir dos estudos da concepção dialógica da linguagem, desenvolvida pelo Círculo Bakhtiniano, e de ensino na perspectiva dos letramentos, apresentamos uma reflexão para o ensino de Língua Portuguesa (LP), como uma possibilidade de espaços para uma formação responsiva. Esta pesquisa procura contribuir com uma adoção dialógica e interativa que auxilie os estudantes em uma imersão na sociedade a partir da reflexão sobre o meio social e observando os enunciados que circulam na vida cotidiana, dando ênfase aos discursos que circulam nos meios digitais. Para o cumprimento de tal objetivo, apresentamos uma proposta de planejamento de Unidade de ensino, sem deixar de assumir que não existem indicações fixas para a realização de um trabalho desta natureza. A partir dessa reflexão, acreditamos que é possível realizar atividades de sala de aula vinculadas a atos vivos e responsáveis do cotidiano.
Referências
BATISTA, S. F.. Reflexões sobre a compreensão responsiva ativa de alunos da EJA: um olhar a partir de práticas de letramento. Dissertação de mestrado, Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas, 2015.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
_______, M. Teoria do romance II: As formas do tempo e do cronotopo. 1.ed. São Paulo: Editora 34, 2018.
______, M. Questões de estilística no ensino da língua. 2.ed. São Paulo: Editora 34, 2019.
BUNZEN, Clécio. Os significados do letramento escolar como uma prática sociocultural. In VÓVIO, C; SITO, L; DE GRANDE, P. Letramentos: rupturas, deslocamento e repercussões de pesquisa em Linguística aplicada: Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010, p. 99-120.
BUZATO, M. K. Entre a fronteira e a periferia: linguagem e letramento na inclusão digital. Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas: UNICAMP, 2007. [Tese de doutorado]
FREIRE, Paulo. Política e Educação: Ensaios. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2001.
KLEIMAN, Angela B. Ação e mudança na sala de aula: uma pesquisa sobre letramento e interação. In: ROJO. Roxane (org.). Alfabetização e letramento: perspectivas linguísticas. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998, p. 173 – 203.
_______, ngela B. Os significados do letramento. Campinas: mercado das letras, 2008.
_______, ngela B. Letramento e suas implicações para o ensino de língua materna. Signo. Santa Cruz do Sul, v. 32 n 53, 2007.
_______, ngela. Processos identitários na formação profissional. O professor como agente de letramento. In CORRÊA, Manoel Luiz Gonçalves & BOCH, Françoise (org). Ensino de língua, representação e letramento. Campinas – São Paulo: Mercado de Letras, 2006, páginas 75-91.
ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
_____, Roxane e MOURA, Eduardo (orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
SILVA JÚNIOR, S. N. da. Dialogismo e auto-observação em práticas linguístico discursivas com a língua portuguesa no ensino superior: a sala de aula como arena responsiva.Tese (Doutorado em Linguística), Faculdade de Letras, Universidade Federal de Alagoas, 2021.
STREET, Brian. Literacy in theory and practice. Cambridge University. Press, 1984.
VOLÓCHINOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem: Problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Trad. Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. 3.ed. São Paulo: Editora 34, 2021.
ZOZZOLI, Rita Maria D. Compreensão e produção responsivas ativas: indícios nas produções dos alunos. In: ZOZZOLI, Rita (org.). Ler e Produzir: discurso, texto e formação do sujeito leitor/produtor. Maceió: EDUFAL, 2002, p. 17 – 45.
ZOZZOLI, Rita Maria D. A noção de compreensão responsiva ativa no ensino e na aprendizagem / The notion of active responsive understanding in the teaching and learning process. In Bakhtiniana, São Paulo, 7 (1): 253-269, Jan./Jun. 2012. 2
ZOZZOLI, Rita Maria Diniz e OLIVEIRA, Maria Bernadete (orgs.). Leitura, Escrita e Ensino. Maceió: EDUFAL, 2008.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).
