GARANTIA E PROTEÇÃO DOS DIREITOS AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES: AS DIRETRIZES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS COMO PERSPECTIVAS ÉTICO-POLÍTICA PARA AÇÃO SOCIOPEDAGÓGICA
Resumo
O objetivo central desse artigo é propor uma reflexão acerca da rede de proteção dos direitos humanos das crianças e adolescentes e de como ela se expressa mediante uma série de dimensões distintas, mas que dialogam entre si. Trabalhar em rede para a garantia desses direitos é uma realidade garantida pela legislação brasileira, devido ao contexto de mobilizações que a precedeu. Conceitos fundamentais para o entendimento dessa perspectiva são os de trabalho em rede e ética do cuidado, aqui entendida como um aspecto determinante da perspectiva que parte da alteridade e não da individualidade egoísta. Por outro lado, a implementação dessas estratégias passa pela necessidade da educação em direitos humanos, que estimulada pelo PNDH, como as Diretrizes Nacionais da Educação em Direitos Humanos, podem ser compreendida como fator motivador para a consolidação e eficiência da rede de proteção, representada pelo Sistema de garantia de direitos.
Referências
_______Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3). Secretaria de direitos humanos da presidência da república. Brasília: SEDH/PR, 2010ª. Disponível em: http://www.sdh.gov.br/assunto/direito-
_______ Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos. Brasília; CNE, 2012.
CARVALHO, Liliane Brandão et al. A ética do cuidado e o encontro com o outro no contexto de uma clínica escola em Fortaleza. Revista da Abordagem Gestáltica - Phenomenological Studies – XXI (1): 1-12, jan-jun, 2015
CAVALCANTE, Emanuel Bernardo Tenório. Das ruas para as aulas de história: infâncias, cidadania e direitos humanos. 2018. 169 f. Dissertação (mestrado em ensino de história) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, UFPE, 2018
DUSSEL. Enrique. Filosofia da Libertação. São Paulo: Edições Loyola, 1977
______________ Filosofia da Libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulos, 1995
FARAJ, Suzane Pastoriza; SIQUEIRA, Aline Cardoso; ARPINI, Dorian Monica. Rede de Proteção: O Olhar de Profissionais do Sistema de Garantia de Direitos. Trends in Psychology / Temas em Psicologia – 2016, Vol. 24, nº 2, 727-741
HUNT, Lyn. A invenção os direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator rede. Salvador-Bauru: EDUFBA-EDUSC, 2012
LEVINAS, Emmanuel. Entre nós: Ensaios sobre a alteridade. Petrópolis: Vozes, 2005
MIRANDA, Humberto da Silva. A FEBEM e a assistência social em Pernambuco no contexto da ditadura. Revista Angelus Novus, n. 10, p. 159-176, 2015.
OLIVEIRA, Camila Nunes de. A rede de proteção a crianças e adolescentes: finalidades e possibilidades. In. VII Jornada Internacional de Políticas Públicas. Anais: para além da crise global, experiências e antecipações concretas, 2015. São Luís do Maranhão
SANTOS, Boaventura de Souza. Reconhecer para libertar: Os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2003
SANTOS, Eleonora Dutra Waldek de Almada. A proteção dos direitos da criança e adolescentes em situação de vulnerabilidade à luz do pndh-3 e a convenção de Haia sobre os aspectos civis do sequestro internacional de crianças. Brasília, 2015. Disponível em: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-protecao/cooperacao-internacional/subtracao-internacional/arquivos/artigo-trabalho-enap-eleonora.pdf
SOUZA, Paulo Thiago Alves. A constituição hermenêutica filosófica das ciências humanas em Hans-Georg Gadamer. Griot: Revista de Filosofia, vol. 20, núm. 2, pp. 224-243, 2020
TASSELI, Roberta. Sistema de Garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Blog Criança livre de trabalho infantil. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: https://livredetrabalhoinfantil.org.br/trabalho-infantil/como-enfrentar/sgdca/. Consulta feita em12/12/2022.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).