TIA, AINDA POSSO BRINCAR? O QUE REVELAM AS CRIANÇAS DO QUINTO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo
O presente artigo trata do brincar infantil e sua relação com as crianças do quinto ano do ensino fundamental. Teve como objetivo analisar como as crianças maiores se relacionam com as brincadeiras. Como fundamentos teóricos nos ancoramos em Moyles (2001), Maluf (2009), Wajskop (2012) e em documentos oficiais que garantem o brincar como direito da criança, a exemplo do ECA (1990) e DCN (2013). Adotamos como percurso metodológico a pesquisa do tipo exploratória de cunho qualitativo, onde foram utilizados como instrumentos de coleta de dados as entrevistas escritas, os desenhos comentados das crianças e registros fotográficos realizados durante as observações nos momentos de brincadeiras. Percebemos através dos resultados obtidos que elas ainda se sentem na condição de criança que deseja não somente estudar, mas também brincar, pois através dessa atividade elas são capazes de se despir de preconceitos, ampliar repertórios culturais e minimizar tensões referentes ao seu cotidiano escolar e familiar. Apontamos sobre a necessidade de disponibilizar tempo e espaço para as crianças brincarem nas escolas de ensino fundamental, tendo o adulto como seu principal incentivador.
Referências
BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Record. 2001.
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Summus, 1984.
BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação. Tradução Maria João Alvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Porto: Porto Editora, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da
Educação Básica. Brasília, DF: MEC, SEB, DICEI, 2013.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, 1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é
Base. Brasília, DF: MEC, 2017.
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. 8. ed. São Paulo. Cortez, 2010.
CARVALHO, A. et al. Brincar(es). UFMG: Belo Horizonte, 2009.
CUNHA, N. H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo: Maltese, 1994.
FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar? A importância do lúdico no planejamento. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2011.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1980.
MACEDO, L.; PETTY, A. L. S; PASSOS, N. C. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
MALUF, A. C. M. Brincar: prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
MARANHÃO. Secretaria da Educação. Documento Curricular do Território Maranhense para a Educação Infantil e o Ensino fundamental. 1. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2019.
MASCIOLI, S. A. Z. Brincar: um direito da infância e uma responsabilidade da escola. In: ANGOTTI, M. (Org.). Educação Infantil: para que, para quem e por quê? Campinas, SP: Editora Alínea, 2010.
MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artemed, 2001.
SARMENTO, M. J.; CERISARA, A. B. Crianças e Miúdos: Perspectivas Socio pedagógicas da infância e educação. Porto: Portugal: Asa Editores, 2004.
TOLEDO, C. O brincar e a constituição de identidades e diferenças na escola. In: CONGRESSO INTERNACIONAL – Cotidiano: diálogos sobre diálogos. 2. Anais [...], Niterói – RJ, 2008.
VASCONCELOS, T. Criança do lugar e lugar de criança: territorialidades infantis no noroeste fluminense. 2005. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, 2005.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WAJSKOP, G. Brincar na educação infantil: uma história que se repete. 9.ed. São Paulo: Cortez, 2012.
WAJSKOP, G. Linguagem oral e brincadeira letrada nas creches. Educação & Realidade, v. 42, n. 4, p. 1355-1374, 2017.
WINNICOT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1993.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).