INTERCULTURALIDADE CRÍTICA E EDUCAÇÃO INFANTIL: MOVIMENTOS DE DESVELAR SILÊNCIOS EPISTÊMICOS
Resumo
Estar na sala de aula é entender que o papel das/os professoras/es está muito além do ensino-aprendizagem de algum conteúdo. A ação docente deve sempre estar pautada em uma relação política, crítica, reflexiva e ética de discutir e problematizar as relações de classe social, etnia/raça, gênero, sexualidade, deficiência, entre outras presentes na estrutura do país. Para tanto, neste artigo, problematizamos um evento crítico ocorrido em um contexto escolar de Educação Infantil no ano de 2018. Trata-se de uma atividade que deveria promover vivências sobre africanidades e cultura afro-brasileira que acabou por proporcionar um violento processo de silenciamentos epistêmicos. Assim, buscamos evidenciar quatro movimentos de desvelar silêncios epistêmicos (ROSA-DA-SILVA, 2021) relativos a: negritude; diversidade religiosa; eu, o outro e nós; e pedagogia intercultural. Com isso, defendemos a importância do debate intercultural crítico nos mais diversos espaços formativos, em especial na Educação Infantil, como uma proposta interventiva de luta contra violências e opressões que muitas vezes estão presentes nesses espaços.
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