(DES)ILUSÃO DA PERSONAGEM DE ROMANCES FUNDADORES: DOM QUIXOTE E EMMA BOVARY
Resumo
A intertextualidade figura a relação entre dois ou mais textos que pode ser estabelecida, no caso, por meio da alusão. Além disso, a hipertextualidade proposta por Genette entra em voga no presente artigo, uma vez que, para nós, não existe Madame Bovary sem Dom Quixote, romances que compõem nosso corpus de pesquisa. Objetivamos, assim, averiguar esse caso de intertextualidade: duas protagonistas (des)iludidas cujos romances de que fazem parte são fundadores – Dom Quixote do romance moderno e Madame Bovary do romance Realista moderno – de uma nova era na literatura, trazendo críticas às formas anteriores – novelas de cavalaria e romances do Romantismo, respectivamente. Assim, nossa baliza teórica é composta pelos autores Antonio Candido, Gentil de Faria, Gérard Genette, Laurent Jenny, Julia Kristeva, Maria Adélia Menegazzo e José Montero Reguera.
Referências
CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote. Trad. Ernani Ssó. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2012.
FARIA, Gentil de. Estudos de Literatura Comparada. Curitiba: Appris, 2019 (E-book).
FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. Trad. Mário Laranjeira. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2011.
GENETTE, Gérard. Palimpsestos. Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2010.
JENNY, Laurent. A estratégia da forma. In: JENNY, Laurent. et al. Intertextualidades. Trad. Clara Crabbé Rocha. Coimbra: Livraria Almedina, 1979.
KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. Trad. Lucia Helena França Ferraz. São Paulo: Perspectiva, 2005.
MENEGAZZO, Maria Adélia. Madame Bovary e o realismo moderno de Flaubert. Lettres Françaises. n. 8, v. 1, Araraquara: UNESP, 2007.
REGUERA, José Montero. Miguel de Cervantes e o Quixote: de como surge o romance. In: VIEIRA, M. A. C. Dom Quixote: a Letra e os Caminhos. São Paulo: Edusp, 2006.
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