SUBJETIVIDADE E IDENTIFICAÇÕES NO CONTEXTO ESCOLAR: LAÇOS SOCIAIS E EXCLUSÕES DIANTE DO IDEAL DE EXCELÊNCIA ESCOLAR

Resumo

O artigo oriundo de pesquisa de doutoramento em Educação pretendeu partir do questionamento do ideário da excelência escolar, situando-o no olhar para a singularidade da posição do sujeito desfavorecido nos espaços destinados ao alto padrão estudantil. Entre os esforços de adaptação à escola ou a resistência aos modelos impostos, ponderou-se, antes, porque as “coisas são como são” e o “peso” desse ideal para a formação subjetiva do aluno. Considerando a escola como um ambiente não apenas de elaboração e transmissão de saberes, mas, sobretudo, de criação de subjetividades, algumas análises oriundas do pensamento foucaultiano a respeito da produção de subjetividade foram cotejadas, a fim de compreender os processos de idealização subjetiva do estudante quando está diante de determinadas demandas, como é o caso das imposições suscitadas pelo ideal da excelência escolar, bem como os vieses de resistência frente aos modelos de certa contundência social. A subjetividade foi concebida como uma produção não neutra, ainda que subsumida nos processos de homogeneização do espaço escolar. Contudo, as possibilidades de laço social na formação do grupo escolar foram pensadas através de motes de identificação entre seus membros, bem como as manifestações contrárias destinadas aos diferentes, que eclodiriam no narcisismo das pequenas diferenças.