REVOLVER SATOLEP: A ILUSÃO DO ESPAÇO DE VITOR RAMIL
Resumo
Este estudo reflete sobre o tempo a partir de sua dimensão enunciativa, interpretando a obra Satolep, de Vitor Ramil, desde um entrelugar teórico, uma vez que parte de discussões de linguagem caras tanto à literatura quanto à linguística.A análise de Satolep tem sua base nas reflexões de Benveniste acerca da linguagem, uma vez que a obra evoca a problemática da construção dos espaços a partir de um lugar subjetivo e, por consequência, seu imbricamento com a questão do tempo. Para tanto, parte-se de discussões que percebem na obra de Benveniste uma antropologia da linguagem, como as feitas por Gérard Dessons. Encontra-se interlocução, ainda, em Giorgio Agamben e Walter Benjamin, que colocam a linguagem no centro de suas preocupações e, consequentemente, repensam tempo e espaço. Observa-se que, devido ao seu caráter labiríntico, Satolep pode lançar interrogações aos estudos da linguagem. Abre-se, assim, um horizonte para a interrogação das áreas de estudo.
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