A CURIOSIDADE, A INTENÇÃO E A MÃO: O ETHOS LÚDICO DO BEBÊ

Palavras-chave: Educação Infantil. Bebês. Brincar. Ethos Lúdico. Curiosidade.

Resumo

Este artigo se propõe a fazer uma reflexão sobre o brincar dos bebês a partir de duas investigações que foram levadas a cabo em contextos de educação infantil nos últimos dez anos (FOCHI, 2013; FOCHI, 2018). Com base nestas pesquisas, formulo a ideia de um ethos lúdico do bebê como alternativa para compreender a complexidade das atuações infantis. Para construir este conceito de ethos lúdico, discuto três núcleos conceituais: a curiosidade, a intenção e a mão. Para cada um destes termos, recorro a diferentes autores de diversos campos do conhecimento para ampliar a compreensão e construir um quadro reflexivo e interpretativo plural. Além disso, estabeleço alguns pontos de atenção que se direcionam ao professor de bebês para auxiliá-lo a pensar estes conceitos no seu cotidiano pedagógico.

Biografia do Autor

Paulo Sergio Fochi, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Professor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Coordenador do Observatório da Cultura Infantil (OBECI). 

Referências

BATESON, Gregory. Pasos hacia una ecología de la mente: una aproximación revolucionaria a la auto comprensión del hombre. Buenos Aires: Lohlé-Lumen, 1998.

BRUNER, Jerome S. Saper fare, saper pensare, saper dire: le prime abilità del bambini. Roma: Armando Editora, 1992.

BRUNER, Jerome. El habla del niño: aprendiendo a usar el lenguaje. Barcelona: Paidós, 1995.

DEWEY, John. Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo. São Paulo: Ed. Nacional, 1979.

FOCHI, Paulo (org). O brincar heurístico na creche: percursos pedagógicos no Observatório da Cultura Infantil – OBECI. Porto Alegre: Paulo Fochi Estudos Pedagógicos, 2018.

FOCHI, Paulo Sergio. “Mas os bebês fazem o quê no berçário, heim?”: documentando ações de comunicação, autonomia e saber-fazer de crianças de 6 a 14 meses em contextos de vida coletiva. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.

FOCHI, Paulo Sergio. A documentação Pedagógica como estratégia para a construção do conhecimento praxiológico: o caso do Observatório da Cultura Infantil – OBECI. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

GELB, Michael J. Aprenda a pensar como Leonardo da Vinci. São Paulo: Editora Ática, 2000.

GOLDSCHMIED, Elinor; JACKSON, Sonia. Educar de 0 a 3 anos: o atendimento em creche. Porto Alegre: Artmed, 2007.

HOLMAN, Cas. Abstract: Cas Holman – design para brincar. Temporada 2, Episódio 4. Netflix, 45min, cor.

LIMA, Elvira Souza. A incrível aventura dos primeiros dois anos de vida. São Paulo: Editora Inter Alia, 2021.

MACKAY, Sara H. A criatividade no centro da aprendizagem. In: GANDINI, Lella; HILL, Lynn; CADWELL, Louise; SCHWLL, Charles. O papel do ateliê na educação infantil: a inspiração de Reggio Emilia. Porto Alegre: Penso, 2019.

MATURANA, Humberto; VERDEN-ZÖLLER, Gerda. Amar e brincar: fundamentos esquecidos do humano. São Paulo: Palas Athena, 2004.

MAZZEO, Rosario. Studiare missione impossibile? Dialoghi e lettere sull'imparare a scuola e in famiglia. Roma: La Scuola, 2011.

PALLASMAA, Juhani. La mano que piensa. Sabiduria existencial y corporal em la arquitectura. Madrid: Editorial GG, 2011.

Publicado
2022-05-12