GRUPOS DE INTERLOCUÇÃO COMO POSSIBILIDADE DE PRÁXIS NA E PÓS-PANDEMIA: UMA EXPERIÊNCIA EM PESQUISA NA EJA-EPT

Palavras-chave: Pesquisa em Educação. EJA-EPT. Grupo de Interlocução.

Resumo

Este artigo discute a experiência de pesquisa na EJA-EPT na pandemia e tem como objetivo propor uma reflexão acerca da potencialidade dos grupos de interlocução na pesquisa com estudantes e professores da EJA-EPT em tempos de pandemia e pós-pandemia. O artigo está estruturado em três pontos centrais: inicialmente buscamos um entendimento acerca da Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores na EJA-EPT. Em seguida discutimos sobre os Grupos de Interlocução como técnica de produção e sistematização de dados ao realizar uma pesquisa na pandemia e, por fim apresentamos as potencialidades dos grupos de interlocução na e pós-pandemia. Como metodologia optamos em seguir um viés dialético. A partir das reflexões construídas e da experiência vivenciada concluímos que os grupos de interlocução são fundamentais no desenvolvimento de pesquisas em Educação, em particular na pesquisa vivenciada na EJA-EPT e são potenciais de interação pesquisador-sujeitos da pesquisa e devem ser utilizados na e pós-pandemia.

Biografia do Autor

Shirley Bernardes Winter, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). 

Mariglei Severo Maraschin, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria  (UFSM). Professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

 

Leandro Lampe, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). 

 

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Publicado
2022-07-05