AINDA SOMOS OS MESMOS E ENSINAMOS COMO NOSSOS PAIS: NOTAS SOBRE A ARTIFICIALIZAÇÃO DE GÊNEROS DISCURSIVOS NA ESCOLA

NOTES ON THE ARTIFICIALIZATION OF DISCURSIVE GENRES AT SCHOOL

  • Ederson Luís Silveira Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Lucas Rodrigues Lopes Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR

Resumo

A utilização de gêneros discursivos emergiu, faz algumas décadas, como recurso contrário a um ensino prescritivo de classes gramaticais porque apenas o trabalho conceitual não daria conta de alcançar a prática social, mas algumas vezes resultou em sua artificialização. A presente pesquisa, qualitativa de cunho descritivo, visou analisar fragmentos de um sumário de livro didático da coleção Teláris, utilizada no estado de Santa Catarina. Os resultados apontam que seria mais produtivo, ao invés de partir de uma análise linguística, se basear no agenciamento de recursos léxico-gramaticais nos projetos de dizer para possibilitar reflexões sobre o domínio conceitual que pode ser abstraído da situação. Isso para que, ao observar regularidades e singularidades dos enunciados apresentados e considerando as práticas sociais de uso da Língua Portuguesa, os discentes possam se apropriar dos modos de operar linguisticamente para além dos usos da língua na operacionalidade dos conceitos em situações efetivas.

Biografia do Autor

Ederson Luís Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Mestre e doutorando em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC; pós-graduando em Ontologia e Epistemologia, Membro pesquisador do Grupo Formação de Professores de Línguas e Literatura - FORPROLL/CNPq e do  Grupo de Estudos em Territorialidades da Infância e Formação Docente (GESTAR/CNPq). Têm interesse e formação no campo de estudos literários, linguísticos e filosóficos sobretudo em torno de autores como Bakhtin, Blanchot, Butler, Foucault, Lacan e Pêcheux.
Lucas Rodrigues Lopes, Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR

Doutorando em Linguística Aplicada pela Unicamp e Mestre em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

Publicado
2018-07-19