TOPONÍMIA EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: ASPECTOS FORMACIONAIS E MOTIVACIONAIS DOS SINAIS DOS MUNICÍPIOS DO TOCANTINS
Resumo
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre os topônimos de cidades do Tocantins na língua brasileira de sinais. Os sinais foram coletados a partir de observação participante e de entrevistas com surdos. O Tocantins é constituído por 139 municípios e, até o momento, fizemos o levantamento de 61 topônimos. Em relação à forma, os sinais são categorizados em nativos, inicializados e soletrados (categorias exclusivas) e, em relação à motivação, são categorizados em motivação icônica, abrangendo material e cultural, e motivação em língua portuguesa, abrangendo calque e grafia. A motivação do tipo grafia é a mais prevalente, combinando, inclusive com outros tipos de motivação: material e grafia, cultural e grafia, e calque e grafia. No artigo trazemos outras considerações sobre essas categorias e sugerimos o antebraço como um ponto de articulação produtivo para os sinais topônimos no contexto do Tocantins.
Referências
ADAM, R. Language contact and borrowing. In: PFAU, R.; STEINBACH, M.; WOLL, B. (Orgs.). Sign language: An international handbook. Berlin: Mouton de Gruyter, 2012. p. 841 861.
CARNEIRO, Bruno Gonçalves. Ampliação lexical da língua de sinais brasileira: aspectos icônicos. Revista Leitura, v. 1, n. 67, p. 104-119, 2016.
CARNEIRO, Bruno Gonçalves. O corpo na concepção de eventos na língua de sinais brasileira. Antares, v. 7, n. 14, jul/dez, 2015.
FARIA-DO-NASCIMENTO, Sandra Patrícia. Representações lexicais na língua de sinais brasileira – LSB. Programa de Pós-Graduação em Linguística. Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
FERREIRA, Lucinda. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio de Janeiro: Editora Tempo Brasileiro. Reimpressão. 2010.
JOHNSTON, Trevor; SCHEMBRI, Adam. On defining lexeme in a signed language. Sign Language & Linguistics, [s.l.], v. 7, n. 1, p.115-185, 1999.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/to.html. Acesso em 20 de agosto de 2020.
LIDDELL, Scott. Grammar, gesture and meaning in american sign language. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
NASCIMENTO, Cristiane Batista. Alfabeto manual da língua de sinais brasileira (libras): uma fonte produtiva para importar palavras da língua portuguesa. Revista Trama, v. 7, n. 14, p. 33-55, 2011.
QUADROS, Ronice Muller. Libras. São Paulo: Parábola Editorial, 2019.
QUADROS, Ronice Muller; KARNOOP, Lodernir Becher. Língua de Sinais Brasileira: Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Editora Mediação, 2004.
SOUSA, Alexandre Melo de. Toponímia em Libras dos bairros de Rio Branco: análise da estrutura dos sinais toponímicos e dos aspectos motivacionais, 2020.
SOUSA, Paulo Augusto Barros de; BORGES, Rodrigo Sabino Teixeira; DIAS, Ricardo Ribeiro. Atlas do Tocantins. Subsídios ao Planejamento da Gestão Territorial. Secretaria do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública – SEPLAN. Palmas: SEPLAN, 6º edição, 2012. Disponível em http://zoneamento.sefaz.to.gov.br/TO_AtlasTocantins2012_1/Atlas_do_Tocantins_2012.pdf. Acessado em 04 de junho de 2020.
ZESHAN, Ulrike. 'Classificatory constructions in Indo-Pakistani sign language: Grammaticalization and lexicaliztation processes. In: EMMOREY, Karen. Perspectives on classifier constructions in sign languages. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates, 2003b. Cap. 6. p. 113-141.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).