EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM UMA TURMA DO 5º ANO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ITAPETINGA-BA: O QUE DIZEM AS CRIANÇAS?

  • José Valdir Jesus de Santana Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
  • Poliana Almeida Santos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
  • Silvia Regina Marques Jardim
  • Nakson Willian Silva Oliveira Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Resumo

Nesta pesquisa, tivemos como objetivos analisar como as crianças agem, acionam e vivenciam as noções de racismo e discriminação racial em suas relações com outras crianças e adultos, identificar e analisar como se expressam o racismo e as práticas racistas no dia a dia das rotinas escolares. O marco teórico baseou-se em Abramowicz e Oliveira (2006, 2012), Munanga (2005, 2008, 2017), Cavalleiro (2001, 2014), Fazzi (2006), Schwarcz (2012a, 2012b, 2013), Gomes (2006, 2010, 2008, 2012), dentre outros e o percurso metodológico seguiu os princípios da pesquisa descritiva e qualitativa. As reflexões trazidas pela sociologia da infância e pela antropologia da criança permitem pensar a criança como sujeito e ator social de seu processo de socialização, e também construtora de sua infância, de forma plena, e não apenas como objeto passivo desse processo e/ou de qualquer outro. É nesse sentido que propomos pensar as relações raciais a partir do ponto de vista das próprias crianças que as vivenciam, neste caso, crianças dos primeiros anos do Ensino Fundamental, de uma escola pública do município de Itapetinga-BA. Os resultados apontam que, para os participantes, o racismo tem sua origem nos problemas relacionados à realidade vivida por eles no cotidiano escolar e social e expressa a representação da violência simbólica, relações de gênero e raça.

Biografia do Autor

José Valdir Jesus de Santana, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Graduado em Pedagogia e mestre em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia; doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos; professor adjunto da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade; dedica-se a estudos e pesquisas sobre educação e relações étnico-raciais; educação escolar quilombola; educação escolar indígena; antropologia e educação e educação, gênero e sexualidade.

Poliana Almeida Santos, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Dedica-se a estudos e pesquisas sobre educação e relações étnico-raciais; relações raciais e crianças.

Silvia Regina Marques Jardim
Doutora em Educação (UNESP). Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Membro do GEPAD - Grupo de Estudos sobre Políticas, Gênero, Álcool e outras drogas do Museu Pedagófico, UESB.
Nakson Willian Silva Oliveira, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestrando em Ensino pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Publicado
2018-07-04