EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM UMA TURMA DO 5º ANO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ITAPETINGA-BA: O QUE DIZEM AS CRIANÇAS?
Resumo
Nesta pesquisa, tivemos como objetivos analisar como as crianças agem, acionam e vivenciam as noções de racismo e discriminação racial em suas relações com outras crianças e adultos, identificar e analisar como se expressam o racismo e as práticas racistas no dia a dia das rotinas escolares. O marco teórico baseou-se em Abramowicz e Oliveira (2006, 2012), Munanga (2005, 2008, 2017), Cavalleiro (2001, 2014), Fazzi (2006), Schwarcz (2012a, 2012b, 2013), Gomes (2006, 2010, 2008, 2012), dentre outros e o percurso metodológico seguiu os princípios da pesquisa descritiva e qualitativa. As reflexões trazidas pela sociologia da infância e pela antropologia da criança permitem pensar a criança como sujeito e ator social de seu processo de socialização, e também construtora de sua infância, de forma plena, e não apenas como objeto passivo desse processo e/ou de qualquer outro. É nesse sentido que propomos pensar as relações raciais a partir do ponto de vista das próprias crianças que as vivenciam, neste caso, crianças dos primeiros anos do Ensino Fundamental, de uma escola pública do município de Itapetinga-BA. Os resultados apontam que, para os participantes, o racismo tem sua origem nos problemas relacionados à realidade vivida por eles no cotidiano escolar e social e expressa a representação da violência simbólica, relações de gênero e raça.
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