TOPÔNIMOS DE ALGUNS MUNICÍPIOS DA REGIÃO ARAGUAIA
Resumo
Este artigo discute a respeito do processo histórico que levou ao aparecimento alguns topônimos nos municípios de Barra do Garças-MT, Araguaiana-MT, Nova Xavantina-MT e Baliza-GO, situados a região do Médio Araguaia, a fim de mostrar que suas origens estão diretamente associadas a aspectos histórico-geográficos, linguísticos e culturais. Além disso, procura evidenciar os processos que geram tais nomenclaturas que estão na base da criação toponímica. A análise foi amparada na metodologia qualitativa em que se utilizou como procedimentos de pesquisa os estudos orais e de memória, no uso de fotografias, na pesquisa de campo, e em teóricos como Bakhtin (1988), Bresciani (1992), Dick (1990, 2004), Diniz (1995), Guimarães (1995), Guirra (1990), Maeda (2006), Ribeiro (2000), Santos 92005), Saussure (1988), Zamariano (2006) entre outros que trabalham o tema e/ou aspectos linguísticos. Os resultados apontaram que as motivações para a criação toponímica tem origem em diversos fatores as quais são expostas neste artigo.
Referências
BRESCIANI, Maria Stella Martins. Cidades: espaço e memória. In: SÃO PAULO: Secretaria Municipal de Cultura, Departamento do Patrimônio Histórico. O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH, 1992.
DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. Rede de conhecimento e campo lexical: hidrônimos e hidrotopônimos na onomástica brasileira. In. ISQUERDO, Aparecida Negri; KRIEGER, Maria da Graça. As ciências do léxico: lexicologia, lexicografia, terminologia. V 2. Campo Grande - MS: Ed. UFMS, 2004.
_______. Toponímia e Antroponímia no Brasil: coletânea de estudo. 2. ed. São Paulo: Serviço de Artes Gráficas/FFLCH, 1990.
DINIZ, Zélia dos Santos. Conhecendo Barra do Garças. Barra do Garças: Kelps, 1995.
FIORIN, José Luiz (org.). Introdução à linguística: I Objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002.
GUIMARÃES, Eduardo. Os limites do sentido: um estudo histórico e enunciativo da linguagem. Campinas – SP: Pontes, 1995.
GUIRRA, Maria Celeste Saad. Saussure e Bakhtin: duas visões de signo linguístico. 1990.
MAEDA, Raimunda Madalena Araújo. A toponímia sul-mato-grossense: um estudo dos nomes de fazendas. 2006. 276f.Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa). Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras. Câmpus de Araraquara. 2006.
PIETROFORTE, Antonio Vicente. A língua como objeto da linguística. In. FIORIN, José Luiz (org.). Introdução à linguística: I Objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002.
RIBEIRO, Hidelberto de Souza. O migrante e a cidade: dilemas e conflitos. 2000. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Estadual Paulista – Júlio de Mesquita –UNESP/Campus de Araraquara, 2000.
ROY, M. Malatian. História Oral. Estudos históricos. N 15, Depto História. UNESP. Marília, 1976.
SANTOS, Florisvaldo Fernandes dos. Estudo toponímico do município de Barra do Garças, microrregião do médio Araguaia, Mato Grosso: contribuição para o atlas toponímico de Mato Grosso. 2005. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade de São Paulo-USP, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo, 2005.
SAPIR, Edward. Língua e Ambiente. In: CÂMARA JR, Joaquim Mattoso (Org.). Linguística como Ciência: ensaios Tradução: Joaquim Mattoso Câmara Jr. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1969. p. 43-62.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. 15. ed. Tradução: Antônio Chelini, José Paulo Paes e lzidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 1988.
ZAMARIANO, Márcia. Toponímia paranaense do período histórico de 1648 a 1853. 2006. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem). Universidade Estadual de Londrina, 2006.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).