A INFLUÊNCIA DO ESTADO EM RELAÇÃO AS REPRESSÕES SOCIAIS EM FAHRENHEIT 451: DA ADAPTAÇÃO FÍLMICA À ANÁLISE DO DISCURSO HISTÓRICO- LITERÁRIO
Resumo
Este ensaio visa a analisar a personagem principal Guy Montag, buscando comparar como a obra de Bradbury (1953) é intersemioticamente adaptada para outra linguagem, a cinematográfica, por Truffaut (1966) e que recursos fílmicos foram usados para a construção da narratividade, ambientação e práticas discursivas no filme. Baseamo-nos em Buber (1982); Oliveira e Junior (2009); Pereira (2007), Silva (2008) bem como nas próprias obras de Bradbury (2003) e no filme de Truffaut (1966). No limiar do enredo, vemos as atividades incessantes dos bombeiros em combater a leitura de livros por pessoas daquela cidade. Por isso, a personagem principal, Guy Montag é apresentada como um incinerador profissional de livros que possui no uniforme a prova de fogo emblemático 145, sendo; pois, descrito como um maestro que rege “todas as sinfonias de chama e labaredas para derrubar os farrapos e as ruinas carbonizadas da história” (F451[1], p.23). Concluímos, pois, que tanto o texto literário quanto o filme possuem similaridades/adequações necessárias, para que a enunciação dos conteúdos ficcionais, imagéticos, filosóficos, políticos, sociais e humanos sejam repassados a cada leitor/ouvinte e espectador em particular, mostrando que esse contexto relatado nas obras tem o intuito de refletir o ser-no-mundo em relação ao seu meio, enfim, percebendo como essas relações sociais podem moldar a personalidade dos indivíduos em detrimento daquilo que se quer conseguir.
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