UMA CARTA PARA MARLI PEREIRA SOARES
Resumo
Esse artigo parte da inspiração afetiva, teórica e política que emerge da escrita de Conceição Evaristo e bell hooks. Ambas mulheres negras, intelectuais e posicionadas no campo dos diálogos entre raça, gênero, corporalidades e narrativas. A escritora Conceição Evaristo nos diz que escrever e publicar é um ato político para negros(as). Já bell hooks nos lembra o poder que há em erguer a voz, em passar de objeto a sujeito na produção de conhecimento. Sendo assim, essas inspirações encontram abrigo em narrativas de, com e para mulheres negras. Afinal, que narrativa pode ser mais insurgente e potente do que aquela que emerge da “escrevivência” de mulheres negras. Que corporalidades expressam mais a “dor e a delícia de ser o que é” do que corporalidades de mulheres negras? Por isso esse texto emerge de uma mulher negra para outra(s). Emerge de um diálogo imaginado e de uma trajetória vivida por Marli Pereira Soares, a Marli Coragem.
Referências
BRUM, Mario Sérgio. Memórias da Remoção: o incêndio na favela do Pinto e a “culpa” do governo. Disponível em:
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de Despejo. São Paulo. Editora Edibolso S.A., 2ª ed., 1976.
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PIEDADE, Vilma. Dororidade. São Paulo: editora Nós, 2017.
Remoção da Favela da Praia do Pinto – De lá pra Cá -. Documentário apresentado por Anselmo Góes. [Rio de Janeiro, Tv Brasil], 2009. 1 vídeo (33 min 09 segs.). Disponível em:
ROCHA, Maria Alice; Moraes, Maria Teresa. Marli Mulher: tenho pavor de barata, de polícia não. Rio de Janeiro, Ed. Avenir, Coleção Avenir 1981.
SOARES, Fred. Os 50 anos do incêndio que dizimou a favela que entrou para a história do Fla. Disponível em:
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