A NAÇÃO COMO NARRATIVA MASCULINA: AS CONSTRUÇÕES NACIONALISTAS DO GÊNERO E A FALA DAS MULHERES NO RAP BRASILEIRO ENTRE 1990 E 2005
Resumo
No presente artigo a forma como o Rap brasileiro se produz como uma narrativa dissidente em relação a narrativa de formação da nação e do Estado Nacional, ao mesmo tempo que enfatiza a necessidade de reconhecer suas múltiplas agências e polivocalidade, a partir da análise da narrativa feminina. Realiza-se aqui uma análise de letras de rappers mulheres escritas entre os anos 1990 e 2005, período em que se inicia um processo nacional de afirmação da mulher no Hip Hop. A violência é apontada por diversos estudos sobre as relações de gênero como um dos elementos definidores do masculino ao mesmo tempo ela é anunciada como uma matriz cultural da sociedade brasileira. Assim, ao analisar a narrativa das mulheres, busca-se no enfrentamento ao “sexismo racializado”, no contexto do Rap, um léxico crítico de (re)leitura da nação.
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