QUEM PODE FALAR NAS SALAS INCLUSIVAS DE SURDOS E OUVINTES?: REFLEXÕES E CONSIDERAÇÕES

Palavras-chave: Assimetria. Alternância dos Sujeitos. Surdos e Ouvintes. Salas de Aulas Inclusivas. Libras e Português.

Resumo

Este artigo objetiva analisar os processos de interação dos e com alunos surdos e ouvintes em sala de aula inclusiva contemplando as duas línguas envolvidas: Libras e Português. Esta investigação se insere na Linguística Aplicada (LA) porque esta reconhece ser inescapável a relação entre fazer pesquisa e fazer política. Teoricamente, embasamo-nos nas discussões sobre a relação de dominação entre línguas e sujeitos. Leva-se em consideração as experiências dos autores nesse formato de salas de aula inclusivas. Quanto aos resultados, compreende-se que eles apontam inicialmente para a constituição de uma assimétrica alternância dos sujeitos falantes em diálogos que envolvem surdos e ouvintes relacionada ao valor atribuído e naturalizado das línguas. Espera-se que as reflexões aqui provocadas possam contribuir de alguma forma para as pesquisas em LA, questionando e promovendo reconstruções e possibilidades de ensino inclusivo para surdos e ouvintes.

Biografia do Autor

Carlos Alberto Matias de Oliveira, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Mestre em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal de Alagoas. Tradutor e Intérprete de Libras e Língua Portuguesa da Universidade Federal de Alagoas. 

Fábio Rodrigues dos Santos, Universidade Federal de Alagoas

Mestre em e Doutorando em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal de Alagoas. Professor no Curso de Letras da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas. 

Sérgio Ifa, Universidade Federal de Alagoas

Doutor em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor associado no curso de Letras Inglês da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas. 

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Publicado
2021-03-11