IMAGINÁRIO E SABERES AMBIENTAIS: DIÁLOGOS AMAZÔNICOS
Resumo
O presente artigo trata de uma pesquisa referente aos diálogos entre os saberes ambientais e o imaginário presentes nas narrativas orais da região insular de Belém, visando compreender como as populações tradicionais da Amazônia paraense constroem e reconstroem seus conhecimentos sobre o meio a partir das histórias contadas. A abordagem da pesquisa foi qualitativa. Os métodos utilizados consistiram em História oral e Etnografia. As inserções na comunidade para a escuta e o registro das memórias alicerçaram-se em entrevista narrativa e foto voz como técnicas da metodologia. Constatamos que na relação com o meio ambiente são estabelecidas as práticas e saberes necessários para o cotidiano dos que vivem entre o rio e a floresta e, geralmente, são repassados de geração após geração, por intermédio da oralidade, como testemunho das construções coletivas. As narrativas contadas revelam a essência das memórias de povos tradicionais as quais denotam a estruturação de pensamentos, a construção dos elementos relacionais e atitudinais. O ato de ouvir e contar histórias envolve a compreensão mais profunda dos processos e dinâmicas da vida no grupo. A partilha comunicativa das histórias nos coloca em estado de comunhão com toda forma de vida.
Referências
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Fonte oral:
Mestre Simeão, 80 anos. Entrevista realizada na sua residência, na ilha Murutucu, 2019.
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