MARANHENSIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR: FORMAÇÕES DISCURSIVAS ENTRE O LUGAR CURRICULAR E A POSIÇÃO SUJEITO-PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Resumo
Neste artigo, aborda-se o termo Maranhensidade a partir de um diálogo entre as diretrizes curriculares recomendadas pelo Documento Curricular do Território Maranhense (DCTMA) e o discurso de professores que participaram da implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do DCTMA na rede de ensino pública municipal de Imperatriz - MA. Objetiva-se analisar as formações discursivas do lugar da Maranhensidade tanto na estruturação curricular do DCTMA como nos discursos dos sujeitos-professores do Ensino Fundamental I. Trilhou-se um caminho não apenas em prol de se compreender o que a Maranhensidade quer dizer, mas também em protagonizar a voz de quem o fará circular nos espaços escolares, enfatizando a percepção e a recepção do termo como prática pedagógica. O corpus da pesquisa contribuiu com noções reflexivas de que o funcionamento da língua, a memória discursiva e os efeitos de sentido, ao se produzir currículos, práticas e ações pedagógicas, perpassam um sujeito circunscrito em uma ideologia, história e saberes.
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