O SIGNIFICADO DE ESCOLA JUSTA PARA ESTUDANTES DA ESCOLA BÁSICA AMAZÔNIDA E A ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS EDUCATIVOS
Resumo
O presente trabalho apresenta os resultados iniciais da pesquisa intitulada “Os significados de escola justa para estudantes e professores brasileiros da Educação Básica, para verificar o significado que estudantes e professores do ensino médio público e privado atribuem para justiça; identificar suas representações a respeito de escola justa e, discutir a organização escolar, a partir dos significados de escola justa atribuídos por esses sujeitos”. Nosso estudo privilegia o emprego de técnicas qualitativas para a obtenção de informações recaiu sobre a estruturação da experiência escolar no sentido de tornar visíveis as (in)justiças que a compõem, sejam elas relacionadas com as (des)igualdades, com a redistribuição, com a falta de reconhecimento, com o desrespeito, com a não participação nos órgãos de decisão. Aqui, apresentamos os resultados referentes às percepções que estudantes da escola básica amazônida expressam sobre justiça, injustiça e escola justa.
Referências
COOK, K.S. & HEGTVEDT, K. A. (1983). Distributive Justice, equity and equality. Annual Review of Sociology, 9, 217-241.
DWORKIN, R. A virtude soberana: a teoria e a prática da igualdade. Trad. JussaraSimoes. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
DUBET, F. Les Places et les chances. Repenser la justice sociale. Paris: La République de Idées/Seuil, 2010.
DUBET, François. O que é uma escola justa? Cad. Pesquisa, São Paulo, v. 34, n. 123, p. 539-555. dez. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742004000300002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 22 jun. 2010.
DUBET, François. O que é uma escola justa? A escola das oportunidades. Tradução Ione Ribeiro Valle. São Paulo: Cortez, 2008.
DUBET, F. Le déclin de l’institution. Paris: Seuil, 2002.
ESTEVÃO, Carlos Vilar. Educação, globalizações e cosmopolitismos: novos direitos, novas desigualdades. Rev. Port. de Educação, vol.22, nº.2, p.35-52. 2009. ISSN 0871-9187.
ESTEVÃO, Carlos Vilar. Novas desigualdades, novos direitos e cosmopolitismos: para uma política educacional e uma administração da educação cosmopolíticas. Caderno de Pesquisa: Pensamento Educacional, volume 4, no. 7, jan-jun, 115- 137. 2009.
ESTEVÃO, Carlos Alberto Vilar. Educação, justiça e democracia: um estudo sobre as geografias da justiça em educação. São Paulo: Cortez, 2004.
ESTÊVÃO, C. V. Justiça social e educação: das denúncias aos anúncios. In: Revista Espaço Pedagógico [online]. Educação e justiça social. Ijuí: Editora Unijuí, p. 25-46, 2015/a.
ESTEVÃO, Carlos Alberto Vilar. Justiça social e modelos de educação: para uma escola justa e de qualidade Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 16, n. 47, p. 37-58, jan./abr. 2016.
FERREIRA, L. A. M. Gestão administrativa-pedagógica da escola: considerações legais. IN: ABMP, Todos pela Educação (org.). Justiça pela qualidade na educação. São Paulo: Saraiva 2013.
FRASER, N. Justiça anormal. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de S. Paulo, v. 108, jan./dez. 2013, p. 739-768.
FRASER, N. Justice Interruptus: Critical Reflections on the “Postsocialist”Condition. Cambridge: Routledge, 1997.
FRASER, N. Reenquadrando a justiça em um mundo globalizado. Lua Nova [online]. 2009, n.77, p. 11-39. ISSN 0102-6445. doi: 10.1590/S0102-64452009000200001.
FRASER, N. Reframing justice in a globalizing world. D. Held & A. Kaya (Eds.), Global Inequality. Cambridge: Polity Press, 2007, p. 252-272.
FREITAS, A. S. C. Igualdade de oportunidades: a justiça pela Educação Democrática. O problema da educação na justiça como equidade de Rawls. Dissertação de Mestrado. Universidade do Minho. 2016.
GEWIRTZ, S. Towards a contextualized analysis of social justice in education. Educational Philosophy and Theory 1, (1), 2006. p.69-81
GEWIRTZ, S. Conceptualizing Social Justice in Education: Mapping the Territory. Journal of Education Policy, 13(4), 2002. p. 469-484.
LYNCH, K. The Limits of Liberalism for the Promotion of Equality in Education. Association for Teacher Education in Europe - 20th Annual Conference, Oslo, 3-8 September, 1995.
MINAYO, M. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec, 1996.
NOZICK, R. Anarquia, Estado e Utopia. Trad. Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda, 1991.
ORLANDI, Eni P. A linguagem e seu funcionamento. As formas do discurso. Campinas: Pontes, 1987.
POWER, S.; GEWIRTZ, Sharon (2001) Reading education action zones. J. Ed. Policy, 6, 1, 39-51.
STURMAN, A. Social Justice in Education, Melbourne: ACER, 1997. RAWLS, J. Uma teoria da justiça. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
RAWLS, J. Justiça como Equidade: uma reformulação. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SEM, A. A ideia de justiça. Tradução: Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes. São Paulo: Companhia das letras, 2011.
SCHILLING, F. Igualdade, desigualdade e diferenças: o que é uma escola justa?
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 31-48, jan./mar. 2013 WALZER, M. As esferas da justiça. Lisboa: Presença, 1999.
WALZER, M. Esferas da justiça: uma defesa do pluralismo e da igualdade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
YOUNG, I. Justice and the politics of difference. Princeton: Princeton University Press, 1990.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).