UMA ANÁLISE SOBRE PLANTAS MEDICINAIS NA CONCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE UMA ESCOLA RIBEIRINHA NO SUDOESTE DO AMAZONAS

Palavras-chave: Ciências da Natureza. Plantas Medicinais. Educação do Campo.

Resumo

A utilização das plantas com finalidade curativa foi inserida há muito tempo na história da humanidade. Os conteúdos sobre plantas medicinais são considerados ferramentas eficazes no processo de ensino de ciências, uma vez que valorizam o conhecimento prévio dos estudantes, permitindo um ensino contextualizado. Diante do exposto, este estudo tem como objetivo analisar os saberes dos estudantes da escola ribeirinha de São Miguel/AM sobre plantas medicinais, além de investigar como essa temática encontra-se inserida no ensino de Ciências dos estudantes de 7º, 8º e 9º anos da escola. Para coleta de dados, utilizou-se um questionário composto por questões abertas/discursivas e análise qualitativa. Os resultados apontaram que os estudantes ribeirinhos investigados apresentam conhecimento sobre as plantas medicinais, no entanto, essa temática precisa ser contextualizada no ensino de Ciências, uma vez que comunidades ribeirinhas são ambientes ricos e diversificados de saberes tradicionais.

Biografia do Autor

Paula Regina Humbelino de Melo, Universidade Federal do Amazonas

Doutoranda em Educação em Ciências: Química da vida e saúde, Universidade Federal do Amazonas. 

Eliane Regina Martins Batista, Universidade Federal do Amazonas

Doutora em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Federal do Amazonas. 

Tatiana de Souza Camargo, Universidade Federal Rio Grande do Sul

Pós- Doutora em Ciências e Matemática, Universidade Federal Rio Grande do Sul. 

Brenda Sarmiento de Andrade, Universidade Federal do Amazonas

Mestranda em Educação em Ciências: Química da vida e saúde, Universidade Federal do Amazonas. 

Referências

ALMEIDA SILVA, Karolina Martins. Questões Sociocientíficas e o Pensamento Complexo: Tessituras para o Ensino de Ciências. 2016. 303 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Brasília: Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, 2016.

ANDRADE, Marcelo Leandro Feitosa; MASSABNI, Vania Galindo. O desenvolvimento de atividades práticas na escola: um desafio para os professores de ciências. Ciência ë Educação, Bauru, v. 17, n. 4, p. 835-854. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ciedu/v17n4/a05v17n4.pdf. Acesso em: 10 jan. 2019.

BACK, Gabriellin Paula Menegazzi. Proposta de ensino de plantas medicinais com a utilização de exsicata. 2013. 48f. Especialização (Ensino de Ciências) – Paraná: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Acesso em: 02 abr. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que aprova o plano nacional de Educação e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, p. 180. Série legislação; n. 113. 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de práticas integrativas e complementares no SUS: Atitude de ampliação ao acesso/ Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção básica. – 2 ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 96 p.

BRASIL. Parecer CNE/CP nº 2, de 9 de junho de 2015. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, Brasília, DF. Disponível em: http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/parecer_cne_cp_2_2015_aprovado_9_junho_2015.pdf. Acesso em: 02 abr. 2019.

BRASIL. Resolução nº 4 de 13 de julho de 2010. Diretrizes Curriculares nacionais Gerais para a Educação Básica, Brasília, DF. Disponível em: htt://www.portal.mec.gov.br/index.php. Acesso em: 02 abr. 2019.

DILL, Everaldo Antônio. Plantas Medicinais, Ensino de Biologia e Educação de Jovens e Adultos: Um Estudo de Caso na Escola Municipal Norberto Jose Gehlen (Comunidade Flor Da Serra, Matupá, Mato Grosso). 2015. 100f. Dissertação (Ensino de Ciências Naturais) – Mato Grosso: Universidade Federal de Mato Grosso, 2015.

DUARTE, Leodenil Alves. Vivenciando etapas do método científico pôr meio do ensino da botânica em ciências naturais, construção possível em uma escola municipal de cuiabá MT. 2015. 46 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Naturais) – Mato Grosso: Universidade Federal de Mato Grosso, 2015.

FERREIRA, Gecilane. CAMPOS, Maria das Graças Paula Alencar Campos; PEREIRA, Bruno Lopes; SANTOS, Geane Brizzola dos. Etnobotânica e o ensino de botânica do ensino fundamental: possibilidades metodológicas para uma prática contextualizada. Flovet, Cuiabá, v. 1, n. 9, p. 86 – 100. 2017. Disponível em: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/flovet/article/view/5488/3612. Acesso em: 11 jun. 2019.

FONSECA, Eril Medeiros da; BIERHALZ, Crisna Daniela Krause. Discutindo articulações entre ensino de Ciências e Educação do Campo através da análise dos cadernos. Revista Brasileira de Educação do Campo, Tocantinópolis, v. 1, n.2, p. 255-278. 2016. Disponível em: https://search.proquest.com/openview/0332b4e709ca315f899a8e37cbefe0e9/1?pq-origsite=gscholar&cbl=4392949. Acesso em: 20 abr. 2019.

INADA, Paulo. Ensino de botânica mediado por recursos multimídia: as contribuições de um software de autoria para o ensino dos ciclos reprodutivos dos grupos vegetais. 2016. 185 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática). Universidade Estadual de Maringá, 2016.

KINOSHITA, Luiza Sumiko; TORRES, Roseli Buzanelli, TAMASHIRO, Jorge Yoshio; FORNI MARTINS, Eliana Regina. A Botânica no Ensino Básico: relatos de uma experiência transformadora. São Carlos: RiMa, 2006. 162 p.

KRASILCHIK, Myrian. Prática de ensino de Biologia. São Paulo: Editora da Universidade Federal de São Paulo, 2011.

LIMA, Kênio Erithon Cavalcante; VASCONCELOS, Simão Dias. A análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede municipal de Recife. Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v.14, n. 52, p. 397 – 412. 2006.

MACIEL, Maria Aparecida; PINTO, Ângelo; JUNIOR, Valdir Veiga. Plantas Medicinais: A necessidade de Estudos Multidisciplinares. Química Nova, v. 25, n. 3, p. 429-438. 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0100-40422002000300016&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso: 10 abr. 2018.

MEGID NETO, Jorge; FRACALANZA, Hilário. O livro didático de ciências: problemas e soluções. Ciência e Educação, v. 9, n 2, p. 147-157. 2003.

MOLINA, Mônica Castagna. Educação do Campo e pesquisa: questões para reflexão. In Molina. Educação do Campo e pesquisa: questões para reflexão. Brasília: Ministério do desenvolvimento Agrário, 2006.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.

PINTO, Andressa Vital. Importância das Aulas Práticas na Disciplina de Botânica. 2009. 36f. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) – Paraná: Faculdade Assis Gurgacz, 2009.

SALATINO, Antônio; BUCKERRIDGE, Marcos. “Mas de que te serve saber botânica?”. Revista Estudos avançados. São Paulo, v.30, n.87. p. 177 – 196. 2016.

SILVA, Thalana Souza Santos; MARISCO, Gabriele. Conhecimento etnobotânica dos alunos de uma escola pública no município de vitória da conquista/BA sobre plantas medicinais. Revista Biologia e Farmácia. Campina Grande, v. 9, n. 03, p. 62-73. 2013. Disponível em: https://docplayer.com.br/5878089-Biofar-rev-biol-farm-campina-grande-pb-v-9-n-2-p-62-73-junho-agosto-2013.html. Acesso em: 11 jan. 2019.

Publicado
2021-08-26