BRASIL EM CENA: O INDÍGENA NO CONTEXTO DO DESCOBRIMENTO E O TEATRO DE EVANGELIZAÇÃO

  • Roseli Bodnar Universidade Federal do Tocantins (UFT)/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
  • Antonio Carlos Hohlfeldt Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Resumo

Este artigo apresenta aspectos relevantes da Carta, de Pero Vaz de Caminha, a partir da contextualização do processo de ocupação e da exploração da nova terra em relação aos primeiros contatos dos portugueses com os indígenas. Objetiva-se examinar a herança portuguesa e as primeiras matrizes que marcaram o teatro de evangelização, com elementos e características locais, evidenciando a presença de um ator cômico (gracioso) e dos seus primeiros contatos com os indígenas que habitavam no Brasil. Os teóricos que embasam o estudo são Sousa (1960), Faria (2012), Arêas (2003) e Prado (1993). Concluiu-se que o século XVII marcou o declínio do teatro jesuítico, pelo menos no que diz respeito a espetáculos com a finalidade catequista, porque a obra missionária já estava consolidada, uma vez que os jesuítas detinham o monopólio da educação, agrupando os curumins e os filhos dos colonos para serem espiritualmente formados e culturalmente educados, de norte a sul do Brasil, em seus colégios.

Biografia do Autor

Roseli Bodnar, Universidade Federal do Tocantins (UFT)/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Professora do Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Graduação em Letras, mestre em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutora em Letras, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS.

Antonio Carlos Hohlfeldt, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

 

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1973), Mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1991) e Doutorado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1998). Atualmente é professor titular 40 horas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Sul-Rio-grandense e Brasileira, além de experiência na área de Comunicação Social, especialmente em Teoria da Comunicação e História do Jornalismo, atuando principalmente nos seguintes temas: artes cênicas, criação dramática, teoria e história do jornalismo, comunicação social e teoria da comunicação. realizou estágio pos-doutoral em 2008, na Universidade Fernando Pessoa. Atua nos PPGs de Escrita Criativa (Faculdade de Letras, PUCRS) e de Comunicação Social (FAMECOS, PUCRS).

Referências

ARÊAS, Vilma. Iniciação à comédia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.

______. “Anchieta e Gil Vicente: Linhas de prumo e linhas de flutuação”. Revista Semear 8. Depto. Letras/PUCRJ, Vol. 8, Rio de Janeiro, 2003. Disponível em: <http://www.letras.puc-rio.br/unidades&nucleos/catedra/revista/8Sem_13.html>. Acesso em: 20 ago. 2015.

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FARIA, João Roberto de. História do teatro brasileiro. Vol I: Das origens ao teatro profissional da primeira metade do século XX. São Paulo: Perspectiva: SESCSP, 2012.

HELIODORA, Bárbara. Caminhos do teatro ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2013.

PRADO, Décio de Almeida. Teatro de Anchieta a Alencar. São Paulo, Perspectiva, 1993.

RUEDA, Lope de. Lope de Rueda. Selección y Prólogo de Salvador Novo y Mercedes Lopes Antuñano. México: La biblioteca enciclopedica popular, 1946.

SOUSA, José Galante de. O teatro no Brasil. Evolução do teatro no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro/MEC, 1960, Tomo I.

Publicado
2017-10-27