O NATAL DE CHARLIE BROWN (1965): A REPRESENTAÇÃO DA INFÂNCIA NO DESENHO ANIMADO
Resumo
Projetando um percurso de quase cem anos, o desenho animado conquistou adeptos, emocionou multidões e se firmou no mercado cinematográfico contemporâneo. Caracterizado como um sistema polissêmico, dialógico, revestido de uma complexa rede de signos e edificando uma extensa historiografia marcada por propostas estéticas distintas, foi responsável pelo surto de personagens que se tornaram ícones da cultura pop, como Snoopy, Patty Pimentinha e Charlie Brown. Considerando esse quadro, o presente artigo tem como principal objetivo problematizar um dos mais emblemáticos desenhos inscritos no mercado cinematográfico da década de 1960 – o curta-metragem O Natal de Charlie Brown (1965) – verificando os modos de representação do universo infantil, sublinhando seus conflitos internos, as relações com o consumo nas festas de final de ano e o discurso de autoafirmação da criança. Parte-se, assim, da tese de que o cinema gráfico introduz, como protagonistas, personagens infantis a partir de modelos bastante heterogêneos sobre crianças, que refletem, via de regra, o ideário cultural e os aspectos ideológicos inscritos no contexto histórico e social no qual a animação está inserida. Para tanto, almeja-se, com base nos recursos empregados pelo estúdio na tessitura do texto visual e das múltiplas vozes instauradas ao longo do desenho, identificar os modos de representação endereçados às crianças.
Referências
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Os caçadores da arca perdida. Estados Unidos: Direção de Steven Spielberg, 1981.
Os caça-fantasmas. Estados Unidos: Direção de Ivan Reitman, 1984.
Os Flintstones. Estados Unidos: Estúdio Hanna-Barbera, 1960.
Os Jetsons. Estados Unidos: Estúdio Hanna-Barbera, 1962.
Os Mussarelas. Estados Unidos: Estúdio Hanna-Barbera, 1972.
Parque dos dinossauros. Estados Unidos: Direção de Steven Spielberg, 1993.
Shrek. Estados Unidos: Estúdio: Dream Works SKG, 2000.
Thudercats. Estados Unidos/ Japão: Estúdio Rankin e Bass, 1985.
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