EDUCAÇÃO HOSPITALAR: INTER-RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO FORMAL E NÃO FORMAL

Palavras-chave: Educação Hospitalar. Educação Formal e Não Formal. Atendimento Educacional Hospitalar.

Resumo

O objetivo deste estudo consiste em discutir a educação hospitalar e sua inter-relação com a educação formal e não formal. Visando alcançá-lo, realizamos uma pesquisa teórica de abordagem qualitativa e de caráter bibliográfico. No desenvolvimento do tema, adentramos as conceituações sobre a educação formal e não formal, abordamos a educação hospitalar e os elementos que a envolvem, buscando desvelar indícios da interface entre as duas formas de educação no atendimento educacional ofertado à criança em tratamento de saúde. Os resultados revelam que a educação hospitalar busca o avanço escolar da criança internada, promovendo conhecimentos do conteúdo curricular, mas evidencia ainda que os aprendizados oportunizados precisam considerar os saberes sobre o ambiente, a doença e o tratamento, por meio de construções educacionais desenvolvidas de forma flexibilizada, contextualizada e adaptada às singularidades das crianças e do espaço hospitalar. Apontamentos que sinalizam o encontro entre a educação formal e não formal no atendimento educacional à criança hospitalizada.

Biografia do Autor

Jaqueline Mendes Costa, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Tocantins, Palmas, Tocantins, Brasil. Especialista em Saúde Pública, Enfermeira e Pedagoga.

Carmem Lucia Artioli Rolim, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutora em educação pela Universidade Metodista de Piracicaba. Professora do Programa de Pós-graduação em Educação e do Curso de Pedagogia na Universidade Federal do Tocantins, Palmas, Tocantins, Brasil.

Referências

AFONSO, A. J. Sociologia da educação não-escolar: reactualizar um objeto ou construir uma nova problemática? In: A. J. Esteves, A sociologia na escola – Professores, educação e desenvolvimento. Biblioteca das Ciências do Homem. Porto: Afrontamento, 1989.

BRASIL. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução n° 41 de Outubro de 1995 (DOU 17/10/95).

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1990.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Classe Hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar – estratégias e orientações. Brasília: MEC/SEESP, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

FONSECA, E. S. da. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo: Memnon, 2003.

FONSECA, E. S. da. A situação brasileira do atendimento pedagógico-educacional hospitalar. Revista Educação e Pesquisa. São Paulo, v.25, n. 1, p. 117-129, jan./jun. 1999.

FONTES, R. S. A escuta pedagógica à criança hospitalizada: discutindo o papel da educação no hospital. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 29, maio./ago. 2005.

FONTES, R. S; VASCONCELLOS, V. M. R. O papel da educação no hospital: uma reflexão com base nos estudos de Wallon e Vigotski. Cad. Cedes, Campinas, vol. 27, n. 73, p. 279-303, set/dez.2007.

FORTUNA, T. R. Sala de aula é lugar de brincar? In: XAVIER, M. L. M. (org), Planejamento em Destaque: análises menos convencionais 1ª ed., Porto Alegre, Mediação, (caderno de Educação Básica, 6), p. 147-164,2000.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo. Atlas, 1991.

GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais: Morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, educador (a) social e projetos sociais de inclusão social. Meta: Avaliação, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 28-43, jan./abr. 2009.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.14, n.50, p. 27-38, jan./mar. 2006.

GONZÁLES-SIMANCAS, J. L.; POLAINO-LORENTE, A. Pedagogia hospitalar: actividad educativa en ambientes clínicos. Madri: Narcea, 1990.

LIBÂNEO, J. C. Ainda as perguntas: o que é pedagogia, quem é o pedagogo, o que deve ser o curso de pedagogia. In: PIMENTA, S. G. (Org.). Pedagogias e pedagogos: caminhos e perspectivas. 3ª ed., p. 63–100, São Paulo: Cortez, 2011.

LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, Para quê? São Paulo: Cortez, 1998.

MATOS, E. L. M. O desafio ao professor universitário na formação do pedagogo para atuação na educação hospitalar. 1998. 157f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 1998.

MATOS, Elizete; MUGIATTI, Margarida. Pedagogia hospitalar: a humanização integrando educação e saúde. Petrópolis: Vozes, 2014.

ORTIZ, L. C. M.; FREITAS, S. N.O Currículo da Classe Hospitalar Pioneira no Rio Grande do Sul. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 39, n. 2, p. 595-616, abr./jun. 2014.

PAULA, E. M. A. T. Escola no hospital: espaço de articulação entre educação formal e educação não formal. In:V Encontro nacional sobre atendimento escolar hospitalar - EDUCERE: “saberes docentes”: Anais eletrônicos... Curitiba: Champagnat. 2007.

ROLIM, C. L. A. A escola no hospital: o direito de ser aluno entre alunos. Revista Espacios, Caracas, v. 39, n. 30, p. 12-18, 2018.

SCHILKE, A. L.; AROSA, A. C. Classe hospitalar: espaço de educação escolar e processos educativos formais, não formais e informais. In: X Congresso nacional de educação –EDUCERE. Anais eletrônicos... Curitiba: Champagnat. 2011.

VASCONCELOS, S. M. F. Histórias de formação de professores para a Classe Hospitalar. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 28, n. 51, p. 27-40, jan./abr. 2015.
Publicado
2022-05-17