A CONSTRUÇÃO DE SUBJETIVIDADES NO AMBIENTE ESCOLAR: RELAÇÕES DE PODER E CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA

Palavras-chave: Escola. Psicologia. Subjetividade.

Resumo

Esse artigo, de caráter bibliográfico, propõe pensar a concepção histórica da escola até os dias atuais, quando assume um papel importante na construção de subjetividades. O atual cenário da educação contemporânea enfrenta os desafios de uma educação baseada em métodos punitivos e disciplinares, baseados em relações de poder que afetam a subjetividade dos indivíduos e consiste em uma padronização e rotulação dos alunos considerados “inadequados”. Nesse artigo, buscou-se narrar brevemente a função do profissional da psicologia como agente de transformação no contexto escolar, abordar a importância da escola para o processo de ensino-aprendizagem, e também sua contribuição na produção de subjetividades saudáveis e críticas, capazes de produzir transformações e desencadear novos processos de desenvolvimento e aprendizagem.

Biografia do Autor

Ana Carolina Peixoto do Nascimento, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutoranda em Ciências e Tecnologias em Saúde (UnB), mestra em Ensino em Ciências e Saúde (UFT), graduada em Psicologia (CEULP/Ulbra).

Referências

ANDALÓ, C. S. A. O papel do psicólogo escolar. Psicologia, Ciência e Profissão, Brasília, v. 4, n. 1, 1984.
BORGES, J. L. Escola e disciplina: uma abordagem foucaultiana. Revista Urutágua, Maringá, n. 5, p.2-9, 2004. Disponível em: < http://www.urutagua.uem.br/005/05edu_borges.htm> Acesso em 20 abr. 2019.
CACIANO, C.; SILVA, G. A. Foucault e educação: as práticas de poder e a escola atual. Revista FACOS/CNEC, Osório, n. 2, n. 1, ago. 2012. Disponível em: < http://facos.edu.br/publicacoes/revistas/e-ped/agosto_2012/pdf/foucault_e_educacao_-_as_praticas_de_poder_e_a_escola_atual.pdf> Acesso em 20 abr. 2019.
COLOMBANI, F; MARTINS, R. A. O movimento higienista como política pública: aspectos históricos e atuais da medicalização escolar no Brasil. RPGE – revista online de Política e Gestão Educacional, v. 21, n.1, p. 278-295, 2017. Disponível em: < https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/9788> Acesso em 20 abr. 2019.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: História da violência nas prisões. 27. ed. Petrópolis: Vozes, 1987.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 20 ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
GOFFMAN, E. Manicômios, Prisões e Conventos. 7 ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
GUIRAUD, L. As relações de poder na organização escolar: um estudo sobre a construção da subjetividade. Cadernos PDE, v. 1. Paraná, 2008. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2235-8.pdf> Acesso em 19 jul. 2019.
MARX, K. O Capital. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1995.
ORWELL, G. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 1948.
PAULINO, M.; REIS, M. Pedagogia do silencia: as sendas da docilidade. Pedagogia em ação, v. 2, n. 2, p. 31-38, 2010. Disponível em: < http://periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/view/4762/4943> Acesso em 28 abr. 2019.
PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense, 1970.
PRATA, M. R. S. A produção de subjetividade e as relações de poder na escola: uma reflexão sobre a sociedade disciplinar na configuração social da atualidade. Revista Brasileira de Educação, Poços de Caldas, n. 28, p.108-115, 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n28/a09n28.pdf> Acesso em 28 abr. 2019.
Publicado
2022-08-09
Seção
Artigos