BENDITA SEJA A CIÊNCIA BRANCA

  • Everton Lamare Costa Melo e Silva Universidade Federal de Goiás
Palavras-chave: Ciência branca. Colonização epistêmica. Eurocentrismo. Feminismo negro. Decolonialismo.

Resumo

O presente artigo tem a intenção de promover uma reflexão crítica acerca das bases epistemológicas que orientam o pensamento intelectual nas sociedades que passaram por processos de colonização. O centro desta reflexão tem como base o pensamento científico ocidental, que trataremos ao longo do texto sob a terminologia de “ciência branca”. Entendendo que esta não é a única forma de conhecimento sistematizado adquirido através da observação e pesquisa, partiremos do pressuposto que existem outras ciências, e outros saberes, provenientes de outras origens que não a européia branca. Tentarei estabelecer, através do diálogo entre intelectuais do pensamento feminista negro e intelectuais do pensamento decolonial, uma análise sobre o processo de invisibilização de saberes de origem não-branca, bem como pensar em alternativas que permitam pensar na superação da colonização epistêmica eurocêntrica.

Biografia do Autor

Everton Lamare Costa Melo e Silva, Universidade Federal de Goiás

Licenciado em Educação Física e Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Goiás – UFG.

Referências

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A Construção do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser. 2005, (Doutorado em Filosofia da Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

DANTAS, Luis Thiago Freire. Descolonização curricular: a Filosofia Africana no ensino médio. São Paulo: Ed. PerSe, 2015.

HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre: L&PM, 2014.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu. Palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 1a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

MIGNOLO, Walter. Desobediencia Epistémica: Retórica de lacolonialidad, lógica de lacolonialidad y gramática de la descolonialidad. Buenos Aires. Ediciones del Signo, 2010.

REGAZOLI, Juliana. Ensino de filosofia e feminismo negro decolonial. In: SEMINARIO DE FILOSOFIA E SOCIEDADE: GOVERNO E GOVERNANÇA, DIREITOS HUMANOS E BIOPOLÍTICA E V COLÓQUIO SOBRE EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO CULTURAL E SOCIEDADE, 4, 2018, Criciúma. Anais... Criciúma: UNESC, 2018, 4v, Disponibilidade em: http://periodicos.unesc.net/filosofia/article/download/4991/4512. Acesso em 09 set. 2019.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se Negro: As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro. Edições Graal, 1983.

WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial. In Candau, Vera Maria (org). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. 2009.

Publicado
2019-11-18